quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A dinâmica do Evangelho


Essencial: Washer | O Conhecimento de Deus



O Essencial: Washer desta semana falará sobre O Conhecimento de Deus. Traremos um trecho de "10 acusações contra a Igreja moderna" e outro de "Todos os Homens Nascem Maus".

Paul Washer nos alerta sobre a grande falta de conhecimento de Deus e as consequências disto entre os que dizem crer em Deus:
Muitos de vocês, talvez pensem: "Oh, falar sobre os atributos de Deus e teologia, é tudo coisas altas, de torres de marfim, que não tem aplicação prática". Ouça a você mesmo, dizendo que o conhecimento de Deus não tem aplicação prática. Você sabe por que todas as suas livrarias cristãs estão preenchidas com livros de auto-ajuda e “cinco maneiras de fazer isso” e “seis maneiras de ser piedoso” e “10 maneiras para não cair”? Porque as pessoas não conhecem a Deus. E por isso elas precisam de toda sorte de pequenos dispositivos triviais da carne para mantê-los andando como ovelhas devem andar.
E que, por outro lado, muitos dizem conhecer a Deus, contudo jamais meditaram nas Escrituras para conhecer o Deus que se revelou através dela:
Você diz: "Mas eu amo a Deus desde que eu era pequeno." Não, você amou uma imagem de Deus que você criou com sua própria mente e você amou aquilo que criou, mas se alguém viesse a você e lhe apontasse o Deus da Palavra, você diria: "Eu nunca poderia amar um Deus como esse." Por tantas vezes eu vou às pessoas e elas me dizem: "Eu tenho amado a Deus toda a minha vida." E eu digo: "Posso me sentar com você por meia hora e só explicar pela Palavra algumas crenças históricas e cristãs sobre Deus?". Depois de meia hora, um bom membro de igreja diria: "Este não é o meu Deus." e eu tenho que dizer: "Claro que não é, mas é o Deus das Escrituras.”
E, por fim, Washer sempre nos convida a conhecer mais a Deus, mostrando a grandeza dessa intimidade:
Para conhecê-Lo, tudo é sobre isto. Essa é a vida eterna. E a vida eterna não começa quando você passa através dos portais da glória. A vida eterna começa com a conversão. A vida eterna consiste em conhecê-Lo. Você sinceramente acha que você vai estar emocionado em se balançar em portões de pérolas e caminhar em ruas de ouro por toda uma eternidade? A razão por que você não vai perder a cabeça na eternidade, é isso: Há Um ali que é infinito em glória e você irá passar uma eternidade de eternidades buscando-O e você nunca vai ter seus braços sequer nos pés de montanha dEle.
Comece agora. Tantas coisas diferentes que vocês querem saber e fazer, e todos os livros. Pegue um livro sobre Deus, uma Bíblia, e estude-a para conhecê-Lo, para conhecê-Lo.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR (Oséias 6:3).

Por Paul Washer. © HeartCry Missionary Society Inc. Website: heartcrymissionary.com
Tradução e adaptação: voltemosaoevangelho.com
Permissões:
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Está Consumado!!



Despedaçou ele os relâmpagos do arco, o escudo, a espada e a batalha. Salmos 76.3

O clamor de nosso bendito Redentor — "Está consumado" — foi o golpe mortal em todos os adversários de seu povo. Esse clamor significou a destruição dos "relâmpagos do arco, o escudo, a espada e a batalha". O herói do Gólgota utilizou sua cruz como uma bigorna e seus clamores, como um martelo.

Ele despedaçou um fardo após outro de nossos pecados, aquelas flechas envenenadas. Ele pisoteou cada acusação, destruindo-as completamente. As flecha diabólicas foram reduzidas a fragmentos, e os escudos infernais foram quebrados como vasos de oleiro! Jesus retirou da bainha feita no inferno a terrível espada de poder satânico e a quebrou entre os seus joelhos, assim como um homem quebra galhos secos.

A punição de nossos pecados foi suportada por Cristo. Uma completa expiação foi realizada em favor de todos os nossos pecados, por intermédio de nosso bendito Substituto. Quem nos pode acusar? Quem nos pode condenar? "Quem os condenará? E Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Romanos 8.34).

Jesus esvaziou as aljavas do inferno, apagou todo dardo inflamado e despedaçou a ponta de cada flecha de ira. O chão está coberto com os estilhaços das armas da batalha infernal, que estão visíveis para nós apenas a fim de nos lembrarem o perigo em que vivíamos e o nosso grande livramento. "O pecado não terá domínio sobre vós" (Romanos 6.14). O Senhor Jesus acabou com o pecado e o removeu para sempre. As destruições do inimigo chegaram ao fim.
 
Charles H. Spurgeon

Louco amor - Capítulo 9


terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Firme Fundamento



O firme fundamento de Deus permanece – ( 2 Timóteo 2.19)


O fundamento sobre o qual nossa fé permanece é este: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação" (2 Coríntios 5.19). A fé genuína descansa sobre o fato de que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1.14). "Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1 Pedro 3.18). "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pedro 2.24). "O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53.5). Em resumo, o grande pilar da esperança do crente é a substituição. Cristo mesmo se tornou o sacrifício que substituiu o culpado. Ele foi feito pecado por nós, a fim de que fôssemos feitos justiça de Deus (ver 2 Coríntios 5.21).

Este fundamento permanece tão firme quanto o trono de Deus. Nosso deleite consiste em nos apegarmos a este fundamento, meditar sobre ele e proclamá-lo. Gratidão por nossa salvação deveria permear todos os aspectos de nossa vida e comportamento. Um ataque ousado está sendo direcionado contra a doutrina da expiação. Alguns homens não podem aceitar a substituição. Eles rangem os dentes ante o pensamento de que o Filho de Deus levou sobre Si o pecado dos homens. Nós, porém, que temos experimentado a preciosidade desta verdade a proclamaremos com confiança e sem parar. Não a diluiremos ou a mudaremos em qualquer aspecto. Não podemos, não ousamos, abandoná-la, pois ela é a nossa vida. Apesar de todas as controvérsias, sabemos que o "firme fundamento de Deus permanece".

Charles H. Spurgeon

Por que Deus decretou o Mal?


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Há um limite para a aflição


Porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens. (Lm 3.33)


D as palavras de nosso Senhor, aprendemos que há um limite para a aflição. O objetivo crucial da aflição está limitado, não podendo ela ir além de um ponto específico. Lázaro experimentou a morte; esta, porém, não foi o resultado final da aflição de Lázaro. O Senhor declara às ondas de sofrimento: "Não ireis mais adiante". Deus não envia a destruição, mas Ele realmente envia a instrução para o seu povo. A sabedoria controla o termômetro da fornalha, regulando a intensidade do fogo. O Deus da providência limita o tempo, a maneira, a dimensão, a repetição e os efeitos de todas as nossas provações.

Cada resultado santificador tem um propósito eterno. Nada, quer seja grande, quer seja pequeno, escapa dos olhares atentos dAquele que conta os cabelos de nossa cabeça. A limitação das aflições está sabiamente ajustada ao nosso vigor. A aflição não vem por acaso — a força de cada golpe da vara é medida com precisão. Aquele que não comete erros em balancear as nuvens e os céus não comete qualquer erro em medir os ingredientes que compõem o remédio para nossa alma.


Não podemos sofrer em excesso ou ser aliviados tarde demais. O limite está amavelmente estabelecido. O bisturi do Cirurgião celestial nunca corta mais profundo do que o absolutamente necessário. Quando pensamos em como somos tão obstinados, é admirável que não somos afligidos com provações piores. Aquele que fixou os limites de nossa habitação também determinou os limites de nossa tribulação. Nenhuma mãe é tão compassiva quanto nosso Deus gracioso; nenhum pai é mais amável do que nosso Deus misericordioso.
 
Charles H. Spurgeon

Louco amor - Capítulo 8


sábado, 25 de setembro de 2010

Francis Chan - Louco Amor


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 7


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pare e Pense


Um homem de Deus - Uma Entrevista com Leonard Ravenhill


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A segunda vinda de Cristo


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quando Palavras são Vento


John Piper - Uma Vida Voltada para DeusQuando Palavras são Vento

por John Piper

Quando estão em tristeza, dor e desespero, as pessoas dizem coisas que não diriam em outras circunstâncias. Elas pintam a realidade com tons mais escuros do que a pintarão amanhã, quando o sol despontar. Tais pessoas cantam em notas menores e falam como se aquela fosse a única melodia. Elas vêem apenas nuvens e falam como se não houvesse céu.

Tais pessoas dizem: “Onde está Deus?” Ou: “Não há proveito em continuar vivendo”. Ou: “Nada faz sentido”. Ou: “Não há esperança para mim”. Ou: “Se Deus fosse bom, isto não teria acontecido”.

O que faremos com estas palavras?

Jó disse que não precisamos reprovar tais palavras. Elas são vento ou, literalmente, para o vento. Tais palavras desaparecerão rapidamente. Haverá uma mudança nas circunstâncias, e a pessoa desesperada acordará das trevas noturnas e se arrependerá das palavras precipitadas.

Portanto, não desperdicemos nosso tempo e energia reprovando tais palavras. Elas desaparecerão por si mesmas, ao vento. Uma pessoa não precisa podar folhas no outono; é um esforço inútil. Elas logo se espalharão aos quatros ventos.

Quão rapidamente nos dispomos a defender a Deus — ou, às vezes, a verdade — contra palavras que são ditas apenas ao vento. Existem muitas palavras, premeditadas e ponderadas, que precisam de nossa reprovação, mas nem toda heresia desesperadora, dita irrefletidamente em horas de agonia, precisa ser respondida. Se tivéssemos discernimento, poderíamos ver a diferença entre palavras profundas e palavras ditas ao vento.

Existem palavras que têm raízes em erros e males profundos. Mas nem todas as palavras cinzentas obtêm sua cor de corações pretos. Algumas são coloridas principalmente pela dor, pelo desespero. O que você ouve não são as coisas mais profundas do coração. Existe algo real em nosso íntimo, de onde procedem as palavras, mas é temporário — como uma infecção passageira — real, doloroso; mas não é a verdadeira pessoa.

Aprendamos a discernir se as palavras faladas contra nós, contra Deus e contra a verdade são apenas ditas ao vento — proferidas não da alma, mas do sofrimento. Se são palavras ditas ao vento, esperemos em silêncio e não reprovemos. Restaurar a alma, e não reprovar o sofrimento, é o alvo de nosso amor.


Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

domingo, 19 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 6


sábado, 18 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 5


Não me lembrarei mais



De nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre. – (Hb 10.17) -


De acordo com essa graciosa promessa, Deus lida com o seu povo como se ele nunca houvesse pecado. Na prática, Ele esquece todas as transgressões de seu povo. Pecados de todos os tipos, Deus os considera como se nunca houvessem existido, como se tivessem sido completamente apagados de sua memória. Oh! que grande milagre de sua graça! Nessa promessa, Deus faz algo que, em certos aspectos, é impossível para Ele. Sua misericórdia realiza milagres que transcendem sobremaneira todos os outros milagres.

Nosso Deus ignora nosso pecado agora porque o sacrifício de Jesus ratificou a aliança. Podemos nos regozijar nEle sem o temor de que Ele será impulsionado a irar-se contra nós por causa de nossas iniquidades. Observem: Ele nos coloca entre os seus filhos, nos aceita como justos, deleita-se em nós, como se fôssemos perfeitamente santos. Ele até nos coloca em posição de confiança e nos torna guardiões de sua honra, depositários das jóias de sua coroa, mordomos de seu evangelho. Ele nos considera dignos e nos confia um ministério: esta é prova mais sublime e mais especial de que Ele não se lembra de nossos pecados. Mesmo quando perdoamos um inimigo, somos muito tardios em confiar novamente nele; julgamos ser uma atitude imprudente agir dessa maneira. Mas o Senhor esquece os nossos pecados e nos trata como se nunca houvéssemos errado. O minha alma, que promessa maravilhosa é esta! Creia nela e seja feliz.
 
Charles H. Spurgeon

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um Enigma para o Mundo


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 4


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O que legaremos aos nossos filhos?




O justo anda na sua integridade; felizes lhe são OS filhos depois dele.(Pv 20.7)


A ansiedade a respeito de nossa família é algo natural. No entanto, seremos sábios se a convertermos em um interesse a respeito de nosso próprio caráter. Se andarmos diante do Senhor com integridade, faremos mais para abençoar nossos descendentes do que se deixássemos em herança para eles grandes possessões. Uma vida piedosa de um pai é um riquíssimo legado para seus filhos.

O justo deixa seu exemplo para seus herdeiros; e isto, em si mesmo, será uma mina de verdadeira riqueza. Quantos homens podem traçar o sucesso de suas vidas ao exemplo deixado por seus pais!

O justo deixa-lhes também a sua reputação. Os homens pensam o melhor a nosso respeito, quando somos filhos de um homem que era digno da confiança deles, quando somos os sucessores de um homem de negócios que tinha reputação excelente. Oh! que todos os jovens se mostrem ansiosos para conservar os nomes de suas famílias!

Acima de tudo, o justo deixa aos seus filhos as suas orações e a bênção de um Deus que ouve as orações. Isto faz que nossos descendentes sejam favorecidos entre os filhos dos homens. Deus os pode salvar, mesmo depois de termos partido deste mundo. Oh! que eles sejam salvos imediatamente!

Nossa integridade pode ser o instrumento de Deus para salvar nossos filhos e filhas. Se eles perceberem a veracidade de nosso cristianismo sendo comprovada por nossas vidas, pode acontecer que por si mesmos eles creiam em Jesus. Senhor, cumpra esta promessa à minha família.

Charles H. Spurgeon

Como Glorificar a Deus no Trabalho?


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chega de Lamentar-se


Por que hei de andar eu lamentando... ? – ( Salmos 42.9)

Você pode encontrar alguma razão para lamentar-se, ao invés de regozijar-se? Por que dar lugar a antecipações sombrias? Quem disse que a noite nunca se findaria em um novo dia? Quem lhe falou que o mar das circunstâncias se esgotaria, até que nada ficasse, exceto a lama da horrível pobreza? Quem lhe disse que o inverno de seu descontentamento procederia de frio e se tornaria ainda mais frio, passando de neve, gelo e granizo para a neve profunda e para a mais intensa tempestade de desespero? Os dias seguem as noites; a inundação vem após a maré baixa; a primavera e o verão acontecem após o inverno.

Encha-se de esperança! Deus nunca falhará! Ele o ama no meio de todas estas coisas. As montanhas, embora escondidas pelas trevas, são reais como o dia; e o amor de Deus é tão verdadeiro agora quanto o era nos momentos mais brilhantes de sua vida.

Nenhum pai castiga sempre os seus filhos. Assim como você, Deus também odeia a vara. Ele a utiliza pela mesma razão que deveria torná-lo disposto a recebê-la — a vara produz o seu bem duradouro. Você ainda subirá a escada de Jacó, juntamente com os anjos, e contemplará Aquele que está assentado no topo da escada — o seu Deus da aliança.

Em meio a todos os esplendores da eternidade, você esquecerá as aflições do tempo presente. Ou você as recordará apenas para bendizer o Deus que o conduziu através das aflições e, por meio delas, produziu bem duradouro. Cante em meio às tribulações. Regozije-se, embora esteja passando pela fornalha. Faça o deserto florescer como a roseira! Faça o ermo vibrar com regozijos exultantes, pois estas leves aflições logo acabarão. Então, estando para sempre com o Senhor, a sua bem-aventurança nunca se findará!

Charles H. Spurgeon

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 3


sábado, 11 de setembro de 2010

Um Povo Escolhido



Cremos que Deus tem um povo escolhido. Essas pessoas são redimidas e a elas será dada vida eterna. Cremos que a graça de Deus produz convicção dos pecados nos corações dessas pessoas. Primeiramente Deus lhes mostra seus pecados. Em seguida, Deus as leva a crerem em Cristo. Pelo fato de que Cristo é justo, Deus vê os Seus filhos que confiam em Cristo como justos também. Cremos ainda que estas pessoas escolhidas e eleitas certamente serão levadas à glória no céu. Essas doutrinas da graça são como uma corrente, cada uma está ligada às outras. Cada elo na corrente, isto é, cada doutrina, necessita das outras.

Existem muitas pessoas que não crêem neste ensinamento. Elas nos dizem que na Bíblia há advertência contra as pessoas que abandonam sua fé. Perguntam: "Por que são dados esses avisos se é realmente verdade que "os justos seguirão firmemente seu caminho?" Se não é possível para os verdadeiros cristãos abando¬narem sua fé, qual é a necessidade das advertências sobre perder-se? Será que essas advertências não são utilizadas por Deus para que Seu povo não se afaste dEle?"

Na Epístola aos Hebreus encontramos sérias advertências con¬tra o abandono da fé (apostasia). Mas o autor de Hebreus está certo de que os verdadeiros cristãos a quem ele está escrevendo não estarão entre os que abandonarão sua fé. Ele diz: "Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores" (Heb. 6:9).

No entanto, aqueles que não gostam do ensinamento de que o verdadeiro cristão não pode em última análise perder sua fé, nos dizem que na Palavra de Deus há aqueles que conheceram de fato a Cristo e mesmo assim abandonaram o caminho cristão. Devemos dizer a eles que isto não é verdadeiro. Devemos lembrá-los de versículos como I João 2:19: "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós".

No Evangelho de João, o Senhor Jesus Cristo fala dos ramos da videira que, por não produzirem nenhum fruto, foram cortados e queimados. Ilustrando-se isso de uma outra maneira, existem muitas pessoas que parecem sercristãs exteriormente, mas que nos seus corações realmente não são cristãs. Essas pessoas deixarão a companhia dos autênticos cristãos e jamais retornarão. Elas serão como ramos sem frutos que só servem para serem queimados. Isso já não acontece com o cristão autêntico. Ele poderá se desviar, porém voltará. Ele não será como um ramo de árvore que foi cortado. Ele será como um ramo que foi podado, para que mais tarde produza novamente fruto. Em Mateus 7:23, aqueles a quem o Senhor diz: "Nunca vos conheci" jamais foram Seus seguidores.

Charles H. Spurgeon

[Via]

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 2


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Louco amor - Capítulo 1


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Louco amor - Introdução


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não me Siga, Estou Perdido!




“Se você é sábio, deixe o mundo passar, para não passar com o mundo”. – Agostinho. Esse é um tipo de sabedoria perdida na igreja dos nossos dias. A sociedade humana, sua cultura, o mundo e o poder por trás dele, nunca nos indicará o caminho que nos leva a Deus e a santidade. O grande Puritano Thomas Brooks dizia: “Seria mais fácil fazer os dois pólos se encontrarem do que unir o amor a Cristo e o amor ao mundo”. Ah! Mas como nós temos tentando, como temos tentado! O mundo nunca será parceiro da verdadeira igreja. Está em luta contra ela pois está em luta contra Deus. Isso porque santidade é exatamente o oposto da direção que esse mundo se lança com avidez.

Nosso mundo não é pior do que o dos dias dos apóstolos, Reformadores, Puritanos... Isso sempre foi assim e continuará sendo quando tivermos partido daqui para casa.

Muitas vezes ouvimos na igreja que o homem está buscando Deus em sua busca por prazeres, que busca Deus na transformasção do sexo em um deus, nos bares, boates... MENTIRA! Isso é papo de uma igreja que vê o homem de maneira oposta ao que a Bíblia descreve.

A Bíblia diz: “Não há quem entenda, não há quem busque a Deus” (Rm 3.22).
As culturas tentaram interpretar a busca do homem – sendo mundo, são interpretações patéticas; mas não menos patéticas do que aquela proclamada pelo evangelho moderno e ‘relevante’

A Grécia disse... seja sábio, conheça-se.

Roma disse... seja forte, discipline-se.

O epicurismo diz... seja sensual, goste-se.

A educação diz... seja habilidoso, gaste-se.

A Psicologia diz... seja confiante, realiza-se.

O materialismo diz... seja gastador, agrade-se.

O orgulho diz... seja superior, promova-se.

O ascetismo diz... seja inferior, reprima-se.

A diplomacia diz... seja razoável, controle-se.

O comunismo diz... seja coletivo, regule-se.

O humanismo diz... seja competente, confie em si mesmo.

A filantropia diz... seja altruísta, doe-se

Poderíamos continuar e continuar... Mas onde está Deus nisso tudo? Em que filosofia humana Deus é buscado e reverenciado? Você pode experimentar qualquer prato do pensamento e sabedoria (que os homens acham o máximo ) humana, e descobrirá que Deus jamais esteve no pensamento humano. Se farte no banquete da filosofia humana e terminará com uma indigestão inimaginável.

Com tudo isso, com todas essas tentativas, o que podemos dizer do mundo e de sua filosofia, o Apóstolo Paulo já disse. Apesar de que visão do mundo que a ‘igreja’ acredita hoje, nada tem a ver com a de Paulo. Será ele um pessimista? Vejamos:

“Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. (2 Timóteo 3:13)

A sua descrição da sociedade é: Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. (Tito 3:3).

A comida servida no banquete da filosofia do mundo pode até cheirar bem e satisfazer seu retórico paladar durante o tempo em que você estiver entre os insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros... mas depois deixará você no mesmo lugar que estava antes...

Em que essas filosofias podem ajudar na proclamação do Reino do amor e da santidade de Deus? Esqueça, nenhum homem O está buscando. O homem desde o princípio não BUSCA Deus, ele FOGE de Deus desde o Paraíso.

A igreja faz hoje uma salada de todas essas buscas e finge estar proclamando o Evangelho.

A reação da igreja ao mundo devia ser a mesma que Daniel teve na Babilônia: “Resolveu Daniel, firmemente, não se contaminar com as finas iguarias do rei” (Dn 1.8) – Ele não apenas rejeitou as iguarias grosseiras da Babilônia, recusou as finas iguarias também– Como os que se dizem protestantes hoje adoram as finas iguarias – buscam a Deus para obtê-las. Poder, diversão, dinheiro entretenimento, sexo... A busca da igreja hoje e a busca do mundo é a mesma, não admire eles terem dado as mãos.

Você não tira nenhum proveito de qualquer entrevista com qualquer pop evangélico – Pastor, cantor,...
Mas imagine Daniel sendo entrevistado na babilônia – viaje no tempo:

Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei. Daniel 1:8

- Bem-vindos ao Babilônia Hoje, o jornal de notícias, cultura e entretenimento do império babilônico! - Uma jornalista loira senta-se em frente a um cenário de pôr-do-sol, sorrindo atrás de uma camada de maquiagem. - Nosso primeiro convidado de hoje - diz a mulher - é o criador da popular "Dieta de Daniel", uma nova onda de saúde que está conquistando o império. - Ela vira na cadeira e a câmera focaliza um jovem rapaz, vestido com roupas finas, sentado ao lado dela. - Conte para nós - ela diz - como surgiu esta dieta.

Ele encolhe os ombros e quase não consegue abrir os olhos com a claridade das luzes. - Eu, bem, não foi minha intenção começar esta onda - ele diz. - Eu estava treinando para o serviço do rei...

- Do nosso rei Nabucodonosor - longa vida ao rei! - diz a mulher sorrindo para a câmera.

- Ah! é - responde Daniel. - Bom, quando estávamos treinando, eles nos deram refeições muito fartas de carne, gordura e vinho. Mas, veja bem, eu sou um judeu, e um judeu tem fortes restrições alimentares. Para encurtar a história, eu pedi ao homem encarregado de nosso treinamento permissão para comer coisas saudáveis.

- Você recusou a comida do rei? - a mulher perguntou. - Você não teve medo?

Daniel concorda com a cabeça. - Acho que sim. Mas eu já tinha me decidido a não me contaminar. - Ele vira e encara a câmera. - E muito mais fácil fazer a coisa certa quando você se decide com antecedência. Eu decidi, quando fui trazido a este país, que eu não esqueceria o meu Deus e os mandamentos que Ele deu. Quando eu comecei o treinamento para o serviço do rei, eu sabia que a comida seria um problema. Então eu decidi o que fazer antes que viesse a tentação. Isto facilitou evitar a comida do rei e só comer produtos vegetais e água.

- Você - você mandou a comida de volta para a cozinha do rei? - perguntou a mulher encarando Daniel como se ele tivesse duas cabeças. Ela limpou a garganta e sorriu um pouco nervosa. - Ahn! mui-muito obrigada por ter contado esta história... Ãhn, nós voltaremos após o intervalo.

Como aqueles que são nutridos pelo mundanismo pregado nos cultos hoje agiriam se fossem, como gostam de dizer – “honrados” com as iguarias finas de Nabucodonosor? Diriam que comeriam, e participariam plenamente daquela cultura para tornar Deus e a Verdade dele ‘relevante’ na Babilônia.

Desculpas! Desculpas para sermos simplesmente mundanos. Se alguém mostrou a santidade e a verdade de Deus a sua geração, esse foi Daniel.

Nosso mundo é agitado em excesso, mas como diz Rollo May sobre a busca dos homens hoje: “É irônico o hábito dos seres humanos correr rapidamente quando estão perdidos”.

O que acontece todos os dias? Olhe no escritório onde você trabalha... você verá sem dúvida um exemplo vivo de alguém correndo e buscando – NÃO A DEUS – mas satisfação interior. Ao sair de casa, olhe para os lados... rugido de automóveis... olhe as casas ao redor... Topa essa agitação e busca – Deus não faz parte dela.

Todo esse barulho mostra pessoas que de tragédia em tragédia, filosofia em filosofia, não sabem mais onde estão. Podem se esforçar, mas quanto mais aumentam a velocidade mas cegas, entediadas e confusas elas são. Tudo que você pensar está sendo tentado... menos a verdadeira busca de Deus – “não há quem o busque” –

“A massa humana leva uma vida de desespero silencioso” – diz Henry Thoreau.

E qual mensagem a igreja do evangelho relevante, ou gospel, do entretenimento, da cobiça, do amor ao dinheiro... está proclamando hoje? Caminho que o homem mesmo em sua depravação total pode buscar sem ajuda divina. Estar perdida no mesmo ponto que o mundo faz a igreja está mais perdida que o mundo.

Se houvesse o mínimo de sinceridade no evangelho moderno e relevante ( e muitos tentam esconder a cobiça mundana dizendo que as pessoas que a propagam são sinceras apesar do erro) – a igreja moderna e relevante escreveria nas suas portas os dizeres que vi num carro – NÃO ME SIGA... ESTOU PERDIDO!

Assim a igreja moderna e relevante ajudaria mais o mundo, pois pelo menos não os faria perder suas almas chancelando suas cobiças com clichês gospel.

NÃO ME SIGA... ESTOU PERDIDO! Que bela frase para descrever o evangelicalismo moderno.

Pilatos, famoso governador da Judéia, ficou cara a cara com Jesus de Nazaré – o Deus encarnado. No meio de todo aquele processo ouviu Jesus dizer: “todos aqueles que são da verdade...” – Pilatos interrompeu: “O que é a verdade?” – Essa pergunta pesada está pendurada no fino cabo da razão nos pensamentos de muitos nesse instante. Pilatos nunca esperou por uma resposta – o mundo hoje e a igreja moderna também não.


Era só retórica vazia de um homem que já estava decidido agradar a multidão, manter seu poder, pompa, riqueza...

Ninguém com essa propósito esperará a resposta – não é isso que está buscando. Mesmo que tivessem, como Pilatos, a oportunidade de estar cara a cara com o Deus encarnado – que dirá ouvindo algumas vozes clamando no deserto.


Spurgeon disse com razão: “Os adeptos da Teologia Moderna dizem: "As maravilhas nunca cessarão"; mas tais maravilhas nunca começaram”.

Devemos lembrar o que o mundanismo por mais fino (finas iguarias) que seja representam: Ao escolhermos a miséria, por mais belamente disfarçada que se mostre, escarnecemos do Deus que dá vida.- John Piper


Pelo menos a igreja moderna mostraria um mínimo de dignidade e pudor se colocasse em suas fachadas:

NÃO ME SIGA... ESTOU PERDIDO

Se os homens tiverem que ser ganhos, terão que ser ganhos pela Verdade – C. H. Spurgeon – A igreja moderna não ganha pessoas – porque ela abandonou a verdade.

Sua descrição está nas palavras de Horatius Bonar: “Procurei a igreja e encontrei-a no mundo; procurei o mundo e encontrei-o na igreja” – Sábias palavras.

Soli Deo Gloria

Josemar Bessa

[Via]

A Santidade de Deus


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Você deseja ser rico?



- Satisfaça esse desejo agora -

As insondáveis riquezas de Cristo. - Efésios 3.8

O Senhor possui riquezas que estão além dos cálculos da matemática, da avaliação da mente humana, da sua capacidade de imaginação e da eloqüência das palavras. As riquezas de nosso Senhor são insondáveis! Você pode considerar, estudar e avaliar, mas Jesus é um Salvador maior do que você pode compreender. Ele está mais disposto a perdoar do que você está disposto a pecar; Jesus é mais capaz de perdoar do que você é capaz de transgredir. O Senhor está mais disposto a suprir suas necessidades do que você está desejoso de confessá-las.

O Senhor Jesus possui riqueza de felicidade para outorgar-lhe agora mesmo. Ele pode fazê-lo deitar-se em pastos verdejantes e levá-lo às águas tranqüilas (ver Salmos 23.2). Não existe nenhuma música como a música da harpa do Senhor. Ele é o pastor, você é a ovelha, que pode assentar-se seguramente aos pés dEle. Não existe amor como o do Senhor Jesus; nem o céu nem a terra podem se igualar ao amor dEle. Conhecer a Cristo e ser achado nEle significa vida e regozijo. O Senhor Jesus trata os servos de maneira generosa; Ele lhes dá dois céus: o céu terreno, para que eles O sirvam agora; e o céu dos céus, para que eles se deleitem em Cristo para sempre.

As insondáveis riquezas de Cristo serão mais bem conhecidas na eternidade. Durante o seu tempo na terra, o Senhor Jesus suprirá tudo que você necessita. Seu lugar de defesa será as fortalezas das rochas; seu pão lhe será dado, e suas águas serão certas (ver Isaías 33.16). Naquele dia, você terá um contemplação, face a face, do glorioso e amado Rei. As insondáveis riquezas de Cristo é o tom para os cantores da terra e o canto para os harpistas do céu. Senhor, ensina-nos mais e mais sobre Jesus e, assim, contaremos as boas-novas para os outros.

Charles H. Spurgeon

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Faça Guerra


Onde repousa tua iniquidade?



Quero fazer-lhes uma pergunta. O Senhor Jesus carregou seus pecados? Vocês podem verdadeiramente afirmar, usando estas palavras: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho..."? Vocês sentem em seus corações que pecaram e desviaram-se do caminho? Se vocês têm uma percepção pessoal do pecado dessa forma, então minha pergunta está respondida. O Senhor fez cair sua iniqüidade sobre Cristo. Deus fez cair sobre Cristo o pecado de todos aqueles que confessam seu pecado e confiam apenas em Cristo para a salvação.

Mas se vocês não confiarem em Cristo, não posso dizer-lhes que o Senhor arrancou seu pecado e o fez cair sobre Cristo. Se vocês morrerem nessa atitude de incredulidade, serão condenados no dia do juízo. Deixem-me perguntar: vocês pretendem carregar sozinhos o seu pecado? Jesus sofreu muito quando carregou os pecados de Seu povo. O que vocês terão que sofrer se sozinhos suportarem a ira de Deus contra seu pecado? Vocês saberão então que "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Heb. 10:31). Os homens se enraivecem quando lhes falamos sobre este ensinamento do castigo eterno. Devemos dizer-lhes que esse é o ensinamento da Palavra de Deus. Sua pergunta deveria ser: "Como posso evitar o castigo?" Pensem em como Cristo era perfeito. Como podem achar que algo de bom em vocês é capaz de fazer a expiação do pecado?

Pensem no que Cristo teve que suportar a fim de fazer a expiação do pecado. Como vocês podem achar que algo que venham a fazer é capaz de efetuar a expiação de seu pecado? Se vocês não escolherem ser salvos pelo modo de Deus, não poderão absolutamente ser salvos. Não há nenhum outro caminho de salvação. Deixem-me recomendar este caminho a vocês. Confiar em Cristo, sabendo que Ele tomou meus pecados e suportou a punição por eles em meu lugar, faz com que eu me sinta muito exultante. Estou lhes falando a partir de minha própria experiência. Sei que estou salvo porque Cristo derramou Seu sangue por mim. Estou pronto para morrer e me erguer corajosamente no dia da ressurreição, porque Cristo é minha justiça e Deus não me condenará. Rogo-lhes que venham a Cristo a fim de que possam sentir a mesma confiança.

Sairemos agora refletir sobre a verdade que estivemos considerando.
Vou propor quatro coisas para vocês pensarem a respeito:
(I) . A enorme montanha de pecado que caiu sobre Cristo. Vocês já sentiram o peso de seu próprio pecado? Cristo carregou todos os pecados de todo Seu povo ao longo de todas as épocas. O peso de nosso próprio pecado ter-nos-ia atirado ao inferno para sempre. O Filho de Deus suportou todo o peso do pecado de Seu povo. Reflitam sobre esta idéia. Deixem-na entrar em seus corações.

(II). Em seguida, vou pedir-lhes para pensar sobre o maravi¬lhoso amor de Cristo que O levou a fazer tudo isso. "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rom. 5:8). Não tínhamos nenhuma bondade ou graça própria que faria com que Cristo quisesse nos amar. A natureza santa de Cristo tenderia a se afastar de pecadores tão perversos como nós. Seu amor é quase maravilhoso demais para que se possa falar dele.

Peço-lhes que pensem a respeito da profundidade do amor que Cristo tem pelo Seu povo. Acaso não está além de nossa compreensão o fato de que Deus fizesse cair sobre Cristo a iniqüidade de todos nós, e Cristo nos tivesse amado tanto que desejou vir à terra para carregar nosso pecado?

(III). Pensem a respeito da segurança estabelecida pelo plano de salvação. Sei que Deus é justo e que Ele deve castigar o pecado. Jesus morreu por mim e, desde que Deus é justo, agora Ele não pode castigar-me também. Misericórdia, amor, verdade, justiça; agora estes são todos meus amigos! Visto que Jesus morreu por mim, eu não posso morrer. Ouçam as palavras do apóstolo Paulo: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós" (Rom. 8:33-34). Descanso minha alma sobre essa sólida rocha. Não preciso temer. Jesus morreu por mim! (iv). A última pergunta que quero fazer-lhes é: "Quais são as reivindicações de Jesus Cristo sobre vocês e sobre mim?" Porventura nosso Senhor Jesus tomou seus pecados e sofreu aquela morte por vocês? Se vocês sabem que isto é verdade, peço-lhes que O tratem como Ele deve ser tratado. Amem-nO como Ele deve ser amado. Sirvam-nO como Ele deve ser servido. Vocês realmente guardam Seus mandamentos? Mes¬mo a obediência não é suficiente. Vocês realmente O amam? Vocês levam suas vidas como se O amassem ternamente? Ele merece tudo o que vocês podem dar. Cristo existe por nós. Devemos existir por Ele. Devemos amá-lO, sofrer por Ele e trabalhar por Ele, pedindo-Lhe que nos ajude a fazer isso. Antes de crermos em Jesus, nós, cada um de nós seguia seu próprio caminho. Vamos agora, cada um de nós, servi-lO. Devemos falar aos outros sobre Ele. Devemos pedir-Lhe que nos dê obras para fazer por Ele. Devemos dar-Lhe nosso dinheiro, tanto quanto pudermos, para a obra da igreja. Devemos a Ele tudo o que temos. Ninguém mais do que Ele merece nossa devoção.

Assim, todos dentre vocês que conhecem a graça de Deus devem se dispor a viver, morrer, consumir-se e ser consumidos pelo Senhor Jesus Cristo. Nada vale mais a pena do que viver e morrer por Cristo. Vocês Lhe devem sua libertação do inferno e sua esperança do céu. Sigam-nO, amem-nO até o fim de suas vidas. Assim, vocês estarão com Ele no céu e verão face a face este Senhor Jesus Cristo a quem têm amado e servido.

Charles H. Spurgeon

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Deus não é obrigado a ter misericórdia



O privilégio que pertence aos filhos de Deus é que eles foram regenerados, nascidos de novo pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus. "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade" (1 Ped. 1:23). Recebemos muitas bênçãos depois de nascermos de novo. Todas essas bênçãos vêm através da absoluta e graciosa vontade de Deus. Deus não está obrigado a nos abençoar. Ele pode fazer como quiser. Ele pode decidir não nos abençoar de modo algum. Tudo que podemos reivindicar de Deus é justiça, o que significa que Deus deve nos punir pelos nossos pecados.

Estamos nas mãos de Deus, esperando saber o que Ele vai fazer. Se Deus assim desejar, Ele pode salvar toda a humanidade. Ou se Ele quiser, Ele pode decidir não salvar ninguém. Se Deus desejar, Ele pode, na Sua misericórdia, salvar um homem e deixar outro para sofrer a punição pelo seu pecado. Não há injustiça alguma da parte de Deus se Ele assim fizer. É direito soberano de Deus fazer o que Lhe aprouver. Deus diz na Bíblia: "... compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia" (Rom. 9:15-16).

Alguns ficam muito zangados com este ensinamento. A ira deles não muda o fato de que a verdade da soberania de Deus mantém-se firme como uma rocha. Deus não tem que explicar ao homem o que Ele faz. Ele faz o que quer, nos céus e na terra.

A doutrina da soberania de Deus traz grande alegria aos que crêem nEle. Nós nos regozijamos no amor de Deus que nos escolheu para sermos Seus filhos. Deus deixa as pessoas que Ele não escolheu seguirem seus próprios caminhos e perecerem no final. Ele teve misericórdia de nós porque assim o quis, mesmo antes de nós começarmos a orar e procurá-lO. Este propósito eletivo de Deus é precioso. No mundo precisamos pleitear, até com pessoas ricas, antes que elas nos dêem alguma coisa. Não tivemos que implorar a Deus. Todas as coisas preciosas que Ele nos deu, foi "segundo a sua vontade". Deus Se apraz na misericórdia, em dar livremente. O nome de Deus é amor e a natureza de Deus é amor. É natural ao sol enviar luz. É coisa natural Deus enviar a luz de Sua eterna graça.

Louvemos ao Senhor que nos amou quando estávamos mortos em nossas transgressões e pecados. Glorifiquemo-lO pela Sua misericórdia livremente demonstrada a nós. Não merecíamos a misericórdia de Deus. Freqüentemente desprezamos essa miseri¬córdia. Alguns de nós resistimos a misericórdia de Deus por longo tempo. Curvemo-nos então humildemente diante do trono de Deus. Vamos agradecer-Lhe pelas Suas misericórdias que duram para sempre. Quão maravilhoso é que, devido Deus assim o desejar, Ele teve compaixão de nós. O grande privilégio que Deus nos concedeu é que, através do poder divino do Espírito Santo, já nascemos de novo.

Nosso primeiro nascimento foi natural. Deus nos fez e nossos corpos são Sua maravilhosa criação. Nosso segundo nascimento foi espiritual. Nascemos de novo, regenerados pelo poder divino do Espírito Santo. Nosso segundo nascimento é uma obra de Deus, tão grande quanto o nosso primeiro nascimento, nossa criação natural. "Segundo a sua vontade" Deus nos deu uma nova vida, e nos fez novas criaturas. Acaso temos a certeza de que nascemos de novo? Sabemos que somos novas criaturas em Cristo?

Talvez às vezes tenhamos dúvidas se somos nascidos de novo. Mas o homem que nasceu de novo sabe que há uma mudança nele. Há vezes quando até aquelas pessoas que duvidam da sua salvação têm certeza que passaram da morte para a vida. Sonde seu próprio coração. Deixe que esta oração venha de seus lábios e coração: "Sonda-me, ó Deus, e prova-me". Devo advertir-lhes que se nada mais têm do que a natureza pode lhes dar, vocês perecerão. Viver uma vida boa e bem comportada não lhes dará uma entrada para o reino de Deus. "Necessário vos é nascer de novo" (João 3:7). Estas palavras estão no portão do céu. Até mesmo as pessoas mais destacadas na Igreja e na nação devem nascer de novo, para serem admitidas no céu. Não importa se vocês viveram uma boa vida ou se desobedeceram abertamente a lei de Deus — precisam nascer de novo. O Espírito Santo deve operar esta transformação sobrenatu¬ral em vocês. Esta mudança é o resultado do eterno propósito, poder e amor de Deus.

Aqueles que têm parte deste precioso privilégio são felizes. Embora estivessem mortos em transgressões e em pecado, agora eles estão vivos. Embora fossem carnais e terrenos, agora são espirituais. Eles estavam distanciados, mas agora foram trazidos para perto de Deus. Todos estes privilégios são exclusivamente devidos à soberana vontade de Deus. Se vocês nasceram de novo, agradeçam a Deus de todo o coração e humilhem-se diante dEle.

A maneira que esta mudança foi operada em nossos corações é claramente expressa: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade" (Tiago 1:18). Homens são geralmente salvos ao ouvirem o evangelho pregado. Alguns afirmam que a pregação da verdade é eficaz para salvar o homem. Isto não é totalmente verdadeiro. A verdade de Deus pode ser fielmente pregada e ninguém ser convertido. Outros dizem que o Espírito de Deus regenera as pessoas sem se utilizar da Palavra de Deus. Isto também não pode ser verdadeiro. A Bíblia nunca diz que o homem pode ser salvo sem a Palavra de Deus. A Palavra e o Espírito sempre operam juntos. A Bíblia diz: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes..." (Heb. 4:12). As Escrituras ensinam claramente que o Espírito de Deus opera através da Palavra de Deus. A Palavra não opera sem o Espírito. "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mar. 10:9). Amigo, você foi salvo pela leitura da Palavra de Deus? A Palavra de Deus é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

O que é esta Palavra de Deus que traz vida nova à pessoa? A palavra é a pregação da doutrina da cruz. Ninguém jamais nasceu de novo através da pregação da lei. A lei pode tornar um homem mais humilde. A lei pode quebrantar e ferir o homem. Ela poderá mostrar-lhe a punição que receberá como pecador. Contudo, a lei jamais lhe trará vida nova. A Bíblia diz: "... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados" (II Cor. 5:19). Algumas pessoas removem o sacrifício de Cristo do evangelho. Elas condenam o texto: "... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (I João 1:7). Não deixam nada de evangelho. A palavra "sangue" é uma das mais solenes e importantes palavras em todas as Escrituras. As pessoas não serão salvas se esta doutrina não for pregada.

Se a pregação do evangelho trouxe salvação a você, então pregue-o aos outros. Fale a cada um do fato que Cristo morreu pelos pecadores. Afirme em todo lugar que qualquer um que crer no Senhor Jesus Cristo terá vida eterna. Diga às pessoas que Jesus Cristo foi o substituto dos culpados. Diga-lhes que Ele sofreu pelos pecadores; que a espada da justiça abateu o Pastor para que as ovelhas pudessem ser livres. Declare aos seus ouvintes como o Redentor sofreu a ira de Seu Pai para que os filhos dEle jamais tenham que enfrentar a Sua ira.

Nós crentes em Jesus devemos olhar para trás com gratidão e esperança pelo que Deus fez. "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade".

Charles H. Spurgeon

Você está disposto a fazer esta oração?