domingo, 31 de outubro de 2010

O Gozo de Saber que Deus é Deus


John Piper - Uma Vida Voltada para DeusO Gozo de Saber que Deus é Deus

por John Piper

O esforço humano nunca pode impressionar um Deus onipotente, e a grandeza dos homens jamais pode impressionar um Deus de grandeza infinita. Isto é má notícia para aqueles que competem com Deus, mas boa notícia para aqueles que querem viver pela fé.

O Salmo 147 é uma emocionante declaração de esperança para um povo que desfruta do gozo e certeza de que Deus é Deus. O salmista afirma: “Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome” (v. 4). Ora, isto é mais do que podemos apreender! “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir” (Sl 139.6).

A Terra, onde vivemos, é um pequeno planeta que gira em torno de uma estrela chamada Sol, que tem o volume um milhão e trezentas vezes maior do que o da Terra. Existem estrelas milhões de vezes mais luminosas do que o Sol. Existem aproximadamente cem bilhões de estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea, que tem cem mil anos-luz de extensão. (Um ano-luz equivale a 299.792.458 km/s.) O Sol viaja a 249 km/s, e, por isso, seriam necessários, duzentos milhões de anos para que o sol cumprisse apenas uma órbita em volta da Via Láctea. Existem milhões de outras galáxias além da nossa.

Agora, ouça novamente: o Salmo 147 afirma que Deus conta o número de todas as estrelas. Não somente isso, afirma também que Ele as chama pelo nome que lhes deu, tal como se faz a animais de estimação. Você os olha, observa suas características e chama-os por algum nome que se enquadre nas diferenças. Quando cantamos o hino “Let All Things Now Living”, de Katherine Davis, eu sorrio com grande satisfação quando chego às palavras:

Ele estabelece a sua lei:
As estrelas, em seus cursos,
O Sol, em sua órbita,
Resplandecem obedientemente.

Sim, eu penso, “obedientemente” é a palavra correta! O sol tem um nome na mente de Deus. Ele chama o sol por seu nome, diz a ele o que fazer e ele obedece. E assim o fazem trilhões de estrelas. (Assim como todos os elétrons, em todas as moléculas dos elementos das estrelas e dos planetas, incluindo os elementos que se encontram nas guelras de um tubarão que vive embaixo das rochas, na costa da ilha de Rhode.)

Ora, o que impressionaria um Deus como este? Salmo 147.10-11 nos mostra com clareza:

Não faz caso da força do cavalo, nem se compraz nos músculos do guerreiro. Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia.

Imagine um levantador de peso, nas Olimpíadas, que se orgulha de haver levantado duzentos e vinte e cinco quilos. Ou imagine algum cientista se orgulhando de que descobriu como uma molécula é afetada por outra. Não precisamos ser gênios para saber que Deus não se deixa impressionar por essas coisas.

As boas-novas para aqueles que desfrutam do gozo de saber que Deus é Deus é que Ele tem prazer nessas pessoas. Deus se agrada daqueles que esperam no imensurável poder dEle. Não é uma coincidência literária o fato de que os versículos referentes a outro aspecto da grandeza de Deus (nos versículos 4 e 5), mostram-No cuidando do fraco (vv. 3 e 6):

3 sara os de coração quebrantado
e lhes pensa as feridas.
4 Conta o número das estrelas,
chamando-as todas pelo seu nome.
5 Grande é o Senhor nosso e mui poderoso;
o seu entendimento não se pode medir.
6 O Senhor ampara os humildes
e dá com os ímpios em terra.

Oh! que prenda a nossa atenção a verdade de que Deus é Deus e trabalha onipotentemente em favor daqueles que esperam nEle (Is 64.4), bem como na sua misericórdia (Sl 147.11) e O amam (Rm 8.28). Ele ama ser Deus para os fracos e desamparados, que O buscam para tudo o que necessitam.


Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Jesus, mais que um Salvador


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como é no Paraíso?


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A preocupação necessária e suas promessas


Spurgeon
Banco da Fé
25 de outubro

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:33

Vejam como a Bíblia começa:"No principio ... Deus." Sua vida há de começar da mesma forma. Busquem com toda alma, primeiro e prioritariamente, o reino de Deus como o lugar de sua cidadania, e Sua justiça como a característica de sua vida. Enquanto ao resto, tudo proverá do próprio Senhor sem que tenham que estar ansiosos por tal. Tudo que é necessário para essa vida e para piedade "essas coisas vos serão acrescentadas."

Que promessa é essa! Alimento, vestes, casa, e todo o resto, Deus assume a tarefa de acrescentar enquanto vocês busquem a Ele. Preocupem-se por Seus assunto, e Ele se preocupará com os de vocês. Papel e barbante para embrulho é fornecido quando da compra de bens mais importantes; e de igual modo, os bens terrenos necessários serão acrescentados junto com o reino. Quem seja um herdeiro da salvação, não morrerá de inanição, e quem vista sua alma com a justiça de Deus não poderá ser deixado pelo Senhor com seu corpo desnudo. Abandonemos todo afã devorador. Concentrem sua mente em buscar ao Senhor. A cobiça da pobreza, e a ansiedade da miséria: a confiança em Deus é um patrimônio , e a semelhança  a Ele uma herança celestial. Senhor, eu estou buscando-Lhe, faz que eu possa encontrar-Lhe.

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trad. projeto Spurgeon

domingo, 24 de outubro de 2010

Morrer é grande lucro


John Piper - Uma Vida Voltada para DeusMorrer é Grande Lucro Cinco Razões para Isto

por John Piper

Para toda pessoa melancólica, que pensa de maneira patológica sobre a morte, existem provavelmente milhões de pessoas que não pensam muito a respeito dela. Quando Moisés contemplou a brevidade da vida, ele orou: “Ensina-nos a contar os nossos dias” (Sl 90.12). É bom pensarmos na morte. Devemos viver bem para que morramos bem. Parte do viver bem inclui o aprendermos por que a morte é lucro.

Nesta meditação, oferecemos cinco razões, mas elas representam apenas um pouco das glórias. Por exemplo, elas não contemplam a grande glória da ressurreição; mas, embora fiquem aquém daquele grande Dia, existe o suficiente para nos deixar sem fôlego e dizer, como Paulo:

Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.


1. No momento da morte, os crentes serão aperfeiçoados.

Não haverá mais pecado em nós. Acabaremos com a luta interior e com os desapontamentos de ofender o Senhor, que nos amou e a Si mesmo se entregou por nós.

“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22-23).


2. No momento da morte, seremos libertos do sofrimento deste mundo.

Ainda não desfrutaremos da alegria da ressurreição, mas teremos o gozo de ser livres do sofrimento. Jesus contou a história de Lázaro e o rico para mostrar a grande reversão que ocorre na morte: “Então, [o rico] clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos” (Lc 16.24-25).


3. No momento da morte, ganharemos profundo descanso em nossa alma.

Haverá uma serenidade sob o olhar e o cuidado de Deus que ultrapassa qualquer coisa que já conhecemos neste mundo, no mais brando entardecer de verão, ao lado do mais pacífico lago, em nossos momentos mais felizes.

“Vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo” (Ap 6.9-11).


4. No momento da morte, experimentaremos um profundo senso de estar em casa.

Toda a raça humana, mesmo sem perceber, sente muita falta de Deus. Quando formos ao lar, para viver com Cristo, haverá um contentamento que excede qualquer senso de segurança e paz que conhecemos. “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8).


5. No momento da morte, estaremos com Cristo.

Cristo é a pessoa mais maravilhosa que qualquer outra na terra. Ele é mais sábio, mais forte e mais amável do que qualquer pessoa com quem nos alegramos em passar tempo. Cristo é sempre interessante. Ele sabe exatamente o que fazer e o que dizer, em cada momento, para tornar os seus amigos tão felizes quanto puderem ser. Cristo transborda amor e infinita percepção a respeito de como usar seu amor para fazer que os seus sintam-se amados. Por isso, Paulo disse: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.21-23).


Com estas cinco razões para considerarmos a morte como lucro, vimos apenas a superfície da maravilha. Existe mais — muito mais.


Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Washer | Conheça o Evangelho





No Essencial: Washer desta semana, Washer nos chama a conhecer o glorioso evangelho de Jesus Cristo:
Eu quero submeter a você esta noite que este país não é endurecido ao evangelho. É ignorante do evangelho, porque a maioria dos seus pastores o é. E deixe-me repetir isto. O problema deste país não são os políticos liberais, a raiz de socialismo, Hollywood ou qualquer outra coisa. É o, assim chamado, pastor evangélico de nossos dias e o pregador de nossos dias e o evangelista de nossos dias. É aí que o problema deve ser encontrado. Nós não conhecemos o evangelho. Nós pegamos o glorioso evangelho de nosso Bendito Deus e o reduzimos a “quatro leis espirituais” e “cinco coisas que Deus quer que você saiba”, com uma pequena e supersticiosa oração no final que se alguém repetir depois de nós com bastante sinceridade nós o declaramos de uma forma papal, nascida de novo. Nós trocamos regeneração por “decisionismo”. [...]

Quando você deixa de lado o evangelho e não há mais nenhum poder em sua suposta mensagem do evangelho, você, então, tem que recorrer a todos aqueles pequenos truques de mercado, que são tão proeminentemente usados hoje em dia para converter os homens. E nós todos conhecemos a maioria deles. Todos eles não funcionam. [...]

Agora você sabe por que aquele pequeno evangelho que você prega não tem nenhum poder? Porque não é nenhum evangelho. Vá ao evangelho. Gaste sua vida em seus joelhos. Se afaste dos homens. Estude a cruz.
Por Paul Washer. © HeartCry Missionary Society Inc. Website: heartcrymissionary.com
Tradução e adaptação: voltemosaoevangelho.com
Permissões:
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Clame Pelo Poder do Deus Vivo


Como o Pai traz os homens a Cristo



"Ninguém pode vir mim, se o Pai que me enviou não o trouxer."


Como, pois, traz o Pai os homens ? Os teólogos arminianos geralmente dizem que Deus traz os homens por meio da pregação do evangelho. Mui certo; a pregação do evangelho é o instrumento para trazer os homens, porém deve haver algo mais do que isto. Deixe-me perguntar: a quem Cristo dirigiu essas palavras ? Ao povo de Cafarnaum, onde Ele havia pregado com freqüência, onde havia anunciado com tristeza e dor as maldições da Lei e os convites do evangelho. Naquela cidade havia feito muitos grandes sinais e obrado muitos milagres. De fato, por causa de tais ensinamentos e semelhantes milagres atestados a eles, que Ele declarou que Tiro e Sidon teriam se arrependido a muito tempo atrás em panos de saco e cinzas, se eles tivessem sido abençoados com tais privilégios. Assim pois, se a pregação do próprio Cristo não bastou para trazer aqueles homens a Ele, é impossível crer que o Pai intentará trazer-lhes simples e totalmente por meio da pregação. Não, irmãos; deveis notar que Ele não disse que ninguém pode vir se o ministro não lhe trouxer, porém se o Pai não lhe trouxer. Desde logo, existe tal coisa como ser trazido pelo Evangelho e ser trazido pelo ministro, sem haver sido trazido por Deus. Porém, certamente é uma atração divina a que se quer indicar com isto; ser trazido pelo Altíssimo Deus – a Primeira Pessoa da Santíssima Trindade enviando a Terceira, o Espírito Santo, para induzir os homens a vir a Cristo. Há outros que mudam de postura e dizem com desprezo: "Então, crês ti que Cristo arrasta aos homens para Ele apesar de que não queiram ?" Recordo haver-me encontrado uma vez com um que me disse: "Senhor, você prega que Cristo pega as pessoas pelos cabelos da cabeça e as traz para Ele". Eu perguntei-lhe se ele poderia referir a data do sermão onde preguei tão extraordinária doutrina, porque se ele pudesse, eu ficaria muito agradecido. Contudo, ele não pode. Porém eu lhe disse: Cristo não traz as pessoas para Si pelos cabelos de suas cabeças, eu creio que Ele as traz totalmente pelo coração tão poderosamente como sua caricatura sugeriu. Notai que no trazer do Pai não há compulsão alguma; Cristo nunca compeliu qualquer homem a vir para Ele contra sua vontade. Se um homem estiver indisposto para ser salvo, Cristo não o salva contra sua vontade.

Como, então, o Espírito Santo lhe traz ? Fazendo-lhe disposto. É verdade que Ele não usa a "persuasão moral"; Ele conhece um método íntimo de alcançar o coração. Ele vai na secreta origem do coração, e Ele sabe como, por algumas misteriosas operações, volver a vontade em uma direção contrária, de maneira que, como Ralph Erskine paradoxalmente colocou isto, o homem seja salvo "com pleno consentimento contra sua vontade"; isto é, seja salvo contra sua velha vontade. Mas ele é salvo com pleno consentimento, porque ele tem sido feito desejoso no dia do poder de Deus. Não imaginem que qualquer homem vá ao céu chutando e esforçando-se durante todo o caminho contra a mão que o leva. Não concebam a idéia de que qualquer homem será mergulhado em banho no sangue do Salvador, enquanto ele esteja aspirando apartar-se do Salvador. Oh, não. É completamente certo que, no princípio, todo homem se recusa a ser salvo. Quando o Espírito Santo coloca sua influência no coração, se cumpre a Escritura: "Leva-me tu; correremos após ti" (Cantares de Salomão 1:4). Seguimo-LO enquanto Ele nos leva, contentes de obedecer a voz que uma vez desprezamos. Porém, a essência da questão repousa na mudança da vontade. Como ocorre isto, nenhuma carne o sabe; é um daqueles mistérios que são claramente percebidos como um fato, mas cuja causa nenhuma língua pode contar, e nenhum coração adivinhar.

De qualquer forma, a forma aparente na qual o Espírito Santo opera, podemos lhes contar. A primeira coisa que o Espírito Santo faz quando entra no coração do homem é esta: Ele o encontra com uma muito boa opinião de si mesmo: e não há nada que impeça tanto ao homem vir a Cristo como o ter uma boa opinião de si mesmo. Porque, diz o homem: "Eu não quero ir a Cristo. Tenho uma justiça tão boa como qualquer um poderia desejar. Sinto que posso entrar no céu por meus próprios méritos". O Espírito Santo desnuda o seu coração, permite-lhe ver o repugnante câncer que está corroendo sua vida, lhe descobre toda a negridão e corrupção daquela fonte do inferno – o coração humano -, e então o homem permanece perplexo. "Jamais pensei que eu fosse assim. Oh ! aqueles pecados que considerava como pequenos, tem crescido em imensa estatura. O que eu tinha por um montículo de terra, tem se tornado uma montanha; o que era antes o hissopo na parede, tem agora se tornado o cedro do Líbano". "Oh", diz o homem dentro de si, "tentarei me reformar; farei tantas boas obras que lavarei aquelas negras ações. Então vem o Espírito Santo e mostra-lhe que ele não pode fazer isto; tira todo seu fantasioso poder e força de tal forma que o homem cai sobre seus joelhos em agonia, e clama: "Oh ! uma vez pensei que poderia salvar a mim mesmo por minhas boas obras, porém agora percebo que:

"Poderia minha lágrimas eternamente derramar,
Poderia meu zelo não conhecer descanso,
Tudo isto meu pecado não poderia expiar,
Tu, deves me salvar, e somente Tu."

Então o coração se desfaz e o homem se encontra pronto ao desespero. E diz: "Eu nunca poderei ser salvo. Nada pode me salvar." Então, vem o Espírito Santo e mostra ao pecador a cruz de Cristo, e ungindo seus olhos com colírio celestial Lhe diz: "Olhai para aquela cruz; aquele Homem morreu para salvar pecadores; você sente que és um pecador; Ele morreu para te salvar." E Ele capacita o coração a crer, e para vir a Cristo.

E quando ele vem para Cristo, por esta doce atração do Espírito, encontra "uma paz com Deus, que excede todo o entendimento, o qual guardará seu coração e pensamentos em Cristo nosso Senhor." Agora, podeis claramente perceber que tudo isto pode ocorrer sem qualquer compulsão. O homem é trazido tão voluntariamente que parece que não foi trazido; e ele vem para Cristo com pleno consentimento, com tão pleno consentimento como se nenhuma influência secreta jamais houvesse sido exercida em seu coração. Porém, esta influência deve ser exercida, ou se não, nunca teria existido nem jamais existiria qualquer homem que pudesse ou tampouco quisesse vir ao Senhor Jesus Cristo.
 
Charles H. Spurgeon

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Paul Washer - Morte


domingo, 17 de outubro de 2010

Washer | A Depravação Total do Homem




Neste Essencial: Washer, Paul trata da depravação do homem e sua relação com o evangelismo:
Quando eu olho para o livro de Romanos, que é um dos meus livros preferidos da Bíblia, ele não é uma teologia sistemática, mas se você pudesse dizer que qualquer livro da Bíblia foi uma teologia sistemática o livro de Romanos seria o mais próximo. Não é surpreendente que Paulo gasta os três primeiros capítulos do livro procurando fazer uma coisa? Levar todos os homens à condenação. Levar todos os homens à condenação.

Mas não é que a condenação seja seu grande bem supremo de sua teologia. Não é o seu fim ou o seu objetivo final. É um meio para trazer salvação para seus leitores, porque os homens têm que ser levados ao conhecimento de si próprios, antes de entregar a si próprios a Deus. Hoje, os homens são feitos de tal modo decaídos que você tem que cortar deles absolutamente toda esperança na carne antes que eles possam ser levados a Deus. Isto é importante em tudo, mas é especialmente importante no evangelismo. [...]

Quando você se recusa a ensinar sobre a depravação radical dos homens, é impossível que você glorifique a Deus, seu Cristo e a sua cruz, porque a cruz de Jesus Cristo e a glória deste é mais magnificada quando é colocada sobre o pano de fundo de nossa depravação.

Ela muito amou, porque foi muito perdoada. E ela sabia o quanto ela tinha sido perdoada, porque ela sabia quão depravada ela era.
Por Paul Washer. © HeartCry Missionary Society Inc. Website: heartcrymissionary.com
Tradução e adaptação: voltemosaoevangelho.com
Permissões:
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Nada que faças te salvará



A natureza humana é tão fraca e desamparada quanto um bebê largado. "Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; antes fostes lançada em pleno campo, no diarern que nasceste, porque tiveram nojo de ti. Passando eu por junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue, e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, ainda que estás no teu sangue, vive. "(Ezequiel 16:5-6).

As pessoas não podem fazer nada para se salvar. Por natureza, todos os homens estão mortos em transgressões e pecados. Como podem aqueles que estão mortos trazer a si próprios à vida? Somente Deus pode levantar os que estão mortos em pecado. Se o homem há de ser recuperado, isso terá que acontecer por um milagre. Somente Deus pode operar esse milagre.

Este ensino vem da Palavra de Deus. Se vocês não são cristãos, estão tão perdidos que, por mais desesperadamente que tentem, não se podem salvar. A situação é ainda pior que isso. Por natureza vocês não querem ser salvos. Vocês odeiam a Deus. É terrível dizer que vocês odeiam a Deus, mas é verdade. Somente o Santo Espírito de Deus pode fazê-los conhecer a verdade de que vocês odeiam a Deus. Mas até agora vocês não amam a verdade de Deus. Amam o pecado e não desejam ser libertos dele.

Esta incapacidade de se salvar nunca pode ser usada como uma desculpa para se pecar. Contudo, a incapacidade de fazer o bem torna nossa culpa pior. Tomamo-nos tão perversos que, não importa o que façamos, não podemos tornar-nos bons. Nossas vidas estão repletas de pecado porque nossa natureza é má. É tão natural para nós pecarmos quanto o é para a água descer em correnteza, ou para centelhas de uma fogueira subirem. Como o bebê expulso no campo, os incrédulos estão completamente desamparados.

O texto também ensina que os pecadores não têm amigos. "Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti". Eles não têm nenhum amigo para ajudá-los. Só Deus pode ajudar. Um bom pai ou uma boa mãe pode compadecer-se da criança, porém nenhum pai ou mãe pode mudar a natureza da criança ou tirar seu pecado.

Da mesma forma, há pregadores que derramariam lágrimas se seu pranto trouxesse pecadores até Cristo. No entanto o evangelista mais fervoroso não pode, através de sua própria pregação, trazer vida às pessoas que estão mortas no pecado. Nem mesmo um anjo pode tirá-las de sua condição pecadora. Suas famílias podem chorar por elas, mas esse pranto não pode fazer a expiação do pecado. As lágrimas humanas nunca podem purificar um pecador. O forte desejo de outros para que uma pessoa seja santa não pode revesti-la de retidão. Estamos todos sem amigos, desamparados e arruinados. A lei nos condena. A justiça nos ameaça. Onde podemos ir se Deus recusa-Se a nos acolher?
 
Charler H. Spurgeon

sábado, 16 de outubro de 2010

Remissão



A remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça.
(Efésios 1.7)


Poderia haver, em qualquer idioma, uma palavra mais agradável do que a palavra remissão, quando proferida aos ouvidos de um pecador culpado? Bendita seja para sempre aquela preciosa luz de perdão que resplandece na cela de um homem condenado, proporcionando ao que perece um raio de esperança na meia-noite de desespero. Pode ser possível que meus pecados são perdoados para sempre? O inferno é meu destino, pois sou um pecador — não existe possibilidade de escape, enquanto meu pecado permanece sobre mim. O fardo de culpa pode ser removido e a mancha carmesim, apagada? Jesus me diz que eu posso ser justo por causa dEle.

A revelação do amor que expia o pecado não somente me diz que o perdão é possível, mas também que ele é garantido a todos os que confiam em Jesus. Eu creio na expiação que Jesus realizou por meio do seu sangue; portanto, os meus pecados estão perdoados para sempre, por causa de seus sofrimentos e de sua morte expiatória. Minha alma dedica todo o seu louvor Àquele que, por causa de seu amor, tornou-se meu substituto e realizou a minha redenção.

Que abundância de graça o perdão gratuito revela! A graça perdoa tudo, perdoa gratuitamente, perdoa completamente, perdoa para sempre! Quando eu penso na grandeza de meus pecados de outrora, quão preciosas são aquelas gotas de misericórdia que me limparam deles e aquele gracioso ato que selou o meu perdão. Estou cheio de admiração e de afeição que me levam a adorar. Prostro-me diante do trono que me absolve. Abraço aquela cruz que me liberta. Sirvo o Deus encarnado, por meio de Quem sou uma alma perdoada.
 
Charles H. Spurgeon

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Vida Centrada na Cruz


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Circuncisão


Spurgeon
Banco da Fé
12 de outubro



"E o SENHOR teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas." Deuteronômio 30:6

Aqui lemos sobre a verdadeira circuncisão.



Notem seu autor: "o Senhor teu Deus." Só Ele pode tratar com sucesso nosso coração, e tirar sua carnalidade e corrupção. Fazer com que nós amemos a Deus com todo nosso coração e alma é um milagre de graça que só o Espírito Santo pode executar. Olharemos unicamente ao Senhor para isso, e jamais ficar satisfeitos com nada que não seja isso. Notem onde é feita essa circuncisão . Não é da carne, mas sim do espirito. É o sinal essencial do pacto de graça. O amor a Deus é a marca indelével da semente eleita; por esse selo secreto a eleição de graça é certificada para o crente. Devemos cuidar de não confiar em nenhum ritual externo, mas sim que sejamos selados no coração pela operação do Espírito Santo.


Notem qual é o resultado: "para que vivas." A intenção da carne é morte. Vencendo à carne encontramos vida e paz. Se andamos nas coisas do Espírito, viveremos. Oh, que o Senhor, nosso Deus, complete Sua obra de graça em nossas naturezas internas, para que no sentido mais pleno e mais elevando vivamos para Deus.


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FONTE: Talonário de Cheques do Banco da Fé

trad. Projeto Spurgeon

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Verdadeira Salvação Através de Jesus Cristo


Terás que andar como Ele andou.



Esse deve também andar assim como ele andou. 1 João 2.6

Por que os crentes devem imitar a Cristo? Eles devem fazê-lo por causa de sua própria alma. Se os crentes desejam gozar de boa saúde espiritual; se desejam escapar da enfermidade do pecado e desfrutar do vigor da graça crescente, Jesus deve ser o modelo deles. Para sua própria felicidade, se desejam gozar de comunhão santa e feliz com Jesus e serem retirados do meio das preocupações e problemas deste mundo devem andar assim como Ele andou. Nada pode ajudá-lo a andar tão rapidamente, em sua jornada rumo ao céu, como o portar a imagem do Senhor Jesus em seu coração, para reger todas as suas ações. Quando, por meio do poder do Espírito Santo, você andar nos passos do Senhor Jesus, então se tornará mais feliz e mais conhecido como parte dos filhos de Deus. "Pedro seguia de longe" (Lucas 22.54). Esta atitude que Pedro teve é tanto perigosa quanto alarmante.

Em seguida, por causa de sua fé, faça um esforço para ser semelhante a Jesus. A fé tem sido atacada severamente por inimigos cruéis. No entanto, ela não tem sido tão perigosamente injuriada por seus inimigos como o tem sido por seus amigos. Quem fez aquelas feridas nas lindas mãos da piedade? Aquele que professou fé mas usou o punhal da hipocrisia; o homem fingido, que entra no rebanho sendo nada além de um lobo vestido de ovelha, atormenta mais o rebanho do que o leão do lado de fora. Não existe arma tão mortal como o beijo de um Judas Iscariotes. Os crentes inconsistentes prejudicam o evangelho mais do que o crítico zombador ou o infiel.

Imite o exemplo de Cristo especialmente por causa dEle mesmo. Crente, você ama o Senhor Jesus? O nome dEle é precioso para você? Deseja que o reino do mundo se torne dEle? Quer que o Senhor Jesus seja glorificado? Você anela que almas sejam ganhas para Cristo? Se tudo isso é verdade, imite a Cristo. Seja uma carta de Cristo, conhecida e lida por todos os homens (ver 2 Coríntios 3.2).
 
Charles H. Spurgeon

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Você não pode servir a si mesmo e a Deus



O principal propósito da vida do autêntico cristão deve ser o de tentar expandir o reino de Cristo. O cristão deve também procurar demonstrar a glória de Cristo em sua vida. Se vocês empenham seu tempo servindo a si mesmos, então não são servos de Deus. Se Cristo realmente vive em vocês, desejarão viver para Ele. Muitas pessoas dizem que são cristãs, mas não vivem como cristãs. Elas servem a Deus limitando-se a freqüentar a igreja. A Bíblia nos diz que as nossas obras para Cristo que não são verdadeiras serão queimadas por completo como se fossem madeira, palha ou restolho. Até mesmo pregadores podem pregar a mensagem de Cristo com falta de sinceridade. Eles podem estar pregando somente para demonstrarem suas próprias habilidades. Tais pregadores trazem desonra ao nome de Cristo.

Venhamos a Cristo e confessemos nossas faltas. Peçamos graça para que em dias futuros possamos viver somente para Ele, que é o nosso "culto racional" (Rom. 12:1). Nossos espíritos, almas e corpos pertencem a Ele.

A oferta das primícias no Velho Testamento era voluntária. Não era obrigatório trazer as primícias. Entretanto, se a pessoa não trouxesse as primícias, ela perdia a bênção de Deus. Se trouxesse as primícias, Deus a amava porque era uma pessoa que dava prazerosamente. Peço que vocês se entreguem a Deus com a mesma disposição. Aos cristãos que não se entregaram verdadeiramente, eu digo: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rom. 12:1). Rogar é uma palavra bem forte. Mas de fato eu "rogo" que vocês se entreguem a Deus. Em breve deixaremos este mundo. Lamentaremos então que perdemos oportunidades de servir ao Senhor. Vocês estão fazendo tudo que podem por Cristo? Jovens, vocês têm certeza que estão usando todas as habilidades que Deus lhes deu? Há algo mais que podem fazer por Cristo? Podemos continuar vivendo vidas vulgares. No entanto, tudo pode ser feito para a glória de Deus, até o comer e o beber. Qualquer que seja o nosso trabalho, devemos fazê-lo diligentemente e no temor de Deus. Então nosso serviço será aceito por Deus como se fôssemos pregadores do evangelho, os quais estão a serviço de Cristo em tempo integral. Venham como são e entreguem-se com tudo que possuem com alegria a Deus. Façam de vocês mesmos um "sacrifício vivo".

Observem em Deuteronômio 26:4 que o homem trazia as espigas de trigo numa cesta. Ele trazia de livre vontade, porém não era ele quem as oferecia a Deus. "E o sacerdote tomará o cesto da tua mão, e o porá diante do altar do Senhor teu Deus". Nossa oferta deve também ser entregue a Deus por meio de um mediador. Não podemos nos oferecer diretamente a Deus. Devemos vir a Deus através do nosso Mediador, o Senhor Jesus Cristo. Nada que podemos fazer é em si mesmo aceitável a Deus. Cristo deve cobrir tudo que fazemos com Seu próprio mérito. Devemos trazer nossos corações e nossas obras ao Senhor Jesus Cristo, que é o nosso Sumo Sacerdote. Devemos pedir a Cristo que nos tome da maneira que somos e nos ofereça diante do trono eterno de Deus. Quando Cristo faz isso, somos feitos "agradáveis no amado" (Ef. 1:6). Somos aceitos por causa do sangue e da justiça de Cristo.

Depois que as primícias foram oferecidas, parece que o adorador em Deuteronômio, capítulo 26, fazia uma confissão do que ele devia a Deus. O judeu lá permanecia com suas espigas de trigo. Ele confessava que seu pai era "Siro". Por "Siro" ele queria dizer "Abraão". Os descendentes de Abraão emigraram ao Egito. Lá, Deus multiplicou-os e eles se tornaram a nação de Israel. Deus libertou e trouxe os filhos de Israel do Egito, através do deserto, para a terra que Ele lhes havia prometido. O adorador lembrava-se então que à parte da bondade de Deus ele nada tinha. Ele dizia a Deus: "... tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (I Crôn. 29:14). Nós também devemos lembrar de tudo que Deus nos tem feito. Por isso, devemos nos entregar de novo — e tudo que temos — a Deus.

Que privilégio é conhecer o Senhor Jesus Cristo como Salvador por muitos anos. Tivemos muitas experiências em nossas vidas. Fomos muito ingratos e omissos. Mas Deus tem demonstrado fidelidade e benevolência a nós que nada merecemos. Louvemos a Deus pelo Seu amor, pela Sua imutabilidade e pela Sua graça perdoadora. Lembrem-se de todos os pecados que lhes foram perdoados e de toda a graça que receberam. Lembrem-se de todas as orações que foram respondidas. Pensem em todas as provações das quais foram libertos. Pensem em todos os conflitos em que Deus lhes ajudou a ser vitoriosos e ofereçam-se como sacrifícios vivos a Deus. Se você, amigo, nunca negou nada de si para Cristo, faça-o agora. Quanto mais negar a si mesmo e fizer mais por Cristo, tanto mais feliz você será. A religião será um peso ao cristão indiferente, um costume a ser suportado, não um banquete a ser desfrutado.

O adorador seguia seu caminho após ter apresentado seu feixe de trigo. Deuteronômio diz que seu coração ficará alegre, e que ele será abençoado. O fato de que as primícias foram dadas a Deus significava que toda a colheita seria abençoada. Da mesma forma, os crentes hoje em dia são abençoados por Deus e são eles próprios uma bênção para os seus semelhantes.

A Bíblia diz: "Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação" (Sal. 67:1-2). Bênçãos são dadas às nações através do povo de Deus. Lem¬brem-se da promessa: "Eu serei para Israel como orvalho; ele florescerá como o lírio, e espalhará as suas raízes como o Líbano" (Os. 14:5). Quando vocês se entregarem completamente a Deus, as pessoas ao seu redor serão abençoadas pela graça que Deus lhes dará. O verdadeiro avivamento começa em casa. Tirem primeiro as ervas daninhas de seus próprios jardins. Capinem seus jardins para que deles possam crescer flores. Se vocês querem que a graça de Deus passe às suas famílias, cuidem para que a graça de Deus esteja em suas próprias vidas. Entreguem-se ao Senhor agora, assim como as cestas de espigas de trigo eram entregues a Ele nos dias do Velho Testamento.

Até aqui estive falando aos filhos de Deus. Não posso falar, porém, da mesma maneira aos que não são filhos de Deus. Se o seu coração, meu ouvinte, não está correto diante de Deus, você não pode fazer oferta alguma a Ele. Deus não aceitaria nenhuma oferta a Ele oferecida que venha de um incrédulo.

No entanto, digo o que você pode fazer, por meio da graça de Deus. Você não pode trazer nada a Ele, mas pode pedir-Lhe algo. Você não pode ser um doador porém pode ser um receptor. Pode receber o amor de Cristo. Cristo apela a você que traga seu coração vazio e necessitado a Ele. Seu mandamento é: "Creia, e viverá". Crer é confiar em Cristo para lhe salvar. Ninguém que já creu em Cristo constatou que Ele não cumpriu a Sua promessa. Que você seja guiado pelo Espírito Santo a vir em confiança ao Salvador, Àquele que uma vez foi morto, mas que agora vive. Daí você dará a Deus todo o seu coração. Você irá então viver para Aquele que morreu por você.

Charles H. Spurgeon

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como Perdoar Setenta vezes Sete


A parábola conta a história de um rei cujo servo lhe devia a quantia espantosa de 10 mil talentos (18.24). "Para compreender a exorbitância dessa quantia, basta dizer que o rei Herodes tinha uma renda anual de cerca de 900 talentos, e que a Galileia e a Peréia [a 'terra além do Jordão'], no ano 4 a.C, pagaram 200 talentos em impostos." Aparentemente, a quantia foi exagerada de propósito (assim como dizemos "zilhões" de dólares) ou o servo era um oficial de alta patente que conseguiu apropriar-se de quantias enormes do tesouro do rei ao longo dos anos. Seja como for, Jesus descreve essa dívida como praticamente incalculável.

O rei ameaçou vender o servo e sua família. Mas "o servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo' [uma promessa aparentemente impossível de ser cumprida, em vista da quantia]. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir" (v. 26,27). Esse perdão é tão grandioso quanto o tamanho da dívida, e esse é o ponto principal. Jesus quer incutir em nossa mente que o pecado é uma dívida incalculável para com Deus. Jamais poderemos saldá-la. Jamais teremos condições de acertar as contas com Deus. Não há penitência, boas obras ou justificativas capazes de pagar a dívida da desonra que lançamos sobre Deus com nossos pecados.

O servo, porém, não recebeu aquele perdão pelo que este representava: magnífico, imerecido, destinado aos humildes de coração ou a quem suscita misericórdia. Jesus não relata nenhuma palavra de gratidão ou de admiração daquele servo. Incrível! Simplesmente relata acontecimentos incompreensíveis logo após o perdão.

Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: "Pague-me o que me deve!" Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei". Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida, (v. 28-30)

O "perdão" recebido por aquele homem não lhe abrandou a ira. Ele agarrou o conservo e começou a sufocá-lo.

O rei tomou conhecimento do caso e ficou (legitimamente) irado (v. 34). Disse ao servo: " 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?' Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia" (v. 32-34). A conclusão da parábola atinge em cheio a questão da ira e do perdão. Jesus diz: "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão" (v. 35).

A mensagem principal da parábola é que Deus não tem obrigação de salvar quem diz ser seu discípulo, se esse pretenso discípulo não tiver recebido a dádiva do perdão pelo que ele realmente representa — infinitamente precioso, estupendo, imerecido, destinado aos humildes de coração e a quem suscita misericórdia. Se dissermos que fomos perdoados por Jesus, mas não houver em nosso coração nenhuma brandura para perdoar os outros, não receberemos o perdão de Deus (v. Mateus 6.14,15; Marcos 11.25).

Lembre-se, a parábola foi contada para ajudar Pedro a entender o mandamento de Jesus de perdoar setenta vezes sete (Mateus 18.22). Isto é, foi contada para ajudar-nos a lidar com a ira que surge naturalmente em nosso coração quando alguém nos ofende centenas de vezes. A solução, diz Jesus, é viver com plena consciência desta maravilhosa dádiva: fomos perdoados de uma dívida muito maior que todos os erros cometidos contra nós. Explicando melhor: devemos viver com plena consciência de que a ira de Deus contra nós foi eliminada, apesar de termos pecado contra ele muito mais que setenta vezes sete. Esse modo de viver produzirá um coração quebrantado, contrito, alegre e terno, que governará nossa ira. A única ira benéfica é a ira moldada por um coração humilde.

John Piper

[Via]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Trilhando o Caminho estreito e reto



Saiamos, pois, a ele, fora do arraial.(Hb 13.13)

O Senhor Jesus, ao carregar a sua cruz, saiu da cidade para sofrer. O motivo que o crente tem para sair do arraial do pecado e das religiões não é o intenso desejo de ser diferente, e sim o exemplo de seu Senhor. O discípulo tem de seguir o seu Mestre. Cristo não era do mundo (ver João 17.14). Sua vida e seu testemunho eram um constante protesto contra a conformação com o mundo. Nunca houve tal superabundância de afeição pela humanidade como a que encontramos nEle, entretanto, Ele estava separado dos pecadores. Semelhantemente, o povo de Cristo deve sair ao encontro dEle. Este povo deve assumir sua posição "fora do arraial", como vivas testemunhas da verdade. Eles devem estar preparados para trilhar o caminho estreito e reto. Devem ter corações destemidos, persistentes, como de leões, amando a Cristo em primeiro lugar, e depois a verdade dEle, ambos acima de tudo no mundo. O Senhor Jesus quer que seu povo saia fora do arraial, para sua própria santificação.

Você não pode experimentar crescimento na graça, em qualquer nível, enquanto estiver conformado com o mundo. A vida de separação talvez seja um caminho de tristeza, porém é o caminho de segurança. A vida de separação pode lhe causar muitas dores e fazer de cada dia uma batalha, mas, apesar disso, é uma vida feliz. Nenhuma alegria pode sobrepujar a alegria do soldado de Cristo. Jesus se revela de modo tão gracioso e proporciona refrigério tão agradável, que o guerreiro sente mais calma e tranqüilidade em sua luta diária do que os outros em seus momentos de descanso.

O caminho de santidade é um caminho de comunhão. É assim que esperamos receber a coroa, se formos capacitados, pela graça divina, a seguirmos fielmente a Cristo até fora do arraial. A coroa de glória seguirá a cruz da separação. Um momento de vergonha será compensado pela honra eterna. Um pouco de testemunho não parecerá nada, quando estivermos para sempre com o Senhor (ver 1 Tessalonicenses 4.17).

Charles H. Spurgeon

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Inspirados pela Incrível Igreja Primitiva



Senhor, dá-nos uma imitação santa!



É avassalador ser envolvido no espírito daqueles primeiros séculos, quando o cristianismo se espalhou pelos lugares mais distantes, por intermédio de santos desconhecidos e inumeráveis em culturas totalmente pagãs. Por volta do ano 300 d.C, não havia nenhuma parte do império romano que não tivesse sido penetrada, em alguma medida, pelo evangelho. Que fatores humanos Deus ordenou para realizar esta maravilhosa propagação do movimento cristão? Em sua obra History of Christian Missions (História das Missões Cristãs), Stephen Neill sugeriu seis fatores (páginas 39-43).

1. Em primeiro lugar, e acima de tudo, houve a fervorosa convicção que tomou conta de grande número dos crentes primitivos. Eusébio de Cesaréia (260-340 d.C), historiador da igreja, descreveu a maneira como o evangelho se propagou:

Nesse tempo [por volta do começo do segundo século], muitos crentes sentiram suas almas inspiradas pela santa palavra, com um ardente desejo por perfeição. O procedimento deles, em obediência às instruções do Salvador, era vender seus bens e distribuí-los entre os pobres. Deixando as suas casas, resolviam cumprir a obra de um evangelista, tendo como sua ambição o pregar a palavra da fé àqueles que ainda não tinham ouvido nada a respeito dela e confiar-lhes os livros dos evangelhos divinos. Eles se contentavam em apenas lançar os fundamentos da fé entre estes povos estrangeiros; depois, eles designavam outros pastores e lhes confiavam a responsabilidade de edificar aqueles que haviam trazido à fé. Em seguida, dirigiam-se a outros países e nações com a graça e a ajuda de Deus.

2.       A sólida mensagem histórica que os crentes trouxeram era' realmente boas-novas e uma alternativa agradável para as religiões de mistério daqueles dias. Não era uma filosofia; eram novas de algo que havia acontecido. "Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho... Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.1-4).

3.       As novas comunidades de crentes recomendavam-se a si mesmas pela sua pureza de vida. "[Cristo] a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tt 2.14).

4.       As comunidades de crentes eram caracterizadas pela lealdade mútua e rejeição do antagonismo entre as classes. "No qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos" (Cl 3.11).

5. Os crentes eram conhecidos pela realização primorosa do serviço de caridade, especialmente para aqueles que pertenciam à igreja. "Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé" (Gl 6.10). O imperador romano Juliano, escrevendo no início do século IV, lamentou o progresso do cristianismo porque este afastava as pessoas dos deuses romanos. Ele disse: "O ateísmo [ou seja, a fé cristã!] tem se propagado especialmente por meio do serviço amável prestado a estranhos e do cuidado pelo sepultamento dos mortos. É um escândalo que não haja um único judeu que seja um mendigo e que os galileus ímpios se preocupam não apenas com os seus pobres, mas também como os nossos, enquanto aqueles que pertencem ao nosso povo buscam em vão a ajuda que lhes deveríamos prestar".

6. A perseguição dos crentes e a sua prontidão de sofrer causou um impacto dramático nos incrédulos. "Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1 Pe 2.12). Stephen Neill observa: "No império romano, os crentes não tinham o direito legal de existir... Todo crente sabia que mais cedo ou mais tarde teria de testemunhar a sua fé ao custo de sua própria vida".

Estamos na virada de um milênio. Que Deus levante centenas de milhares de crentes extraordinários e comunidades de crentes que tenham essa paixão. Com essa herança, sou novamente inspirado a ouvir e obedecer à mensagem de Hebreus 6.12: "Não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas". Senhor, dá-nos a imitação santa daqueles poderosos dias.

John Piper

domingo, 3 de outubro de 2010

John Piper - Dom e Determinação


John Piper - Uma Vida Voltada para DeusDom e Determinação (Nessa Ordem)

por John Piper

Pergunta: Se Deus é Aquele que nos outorga diversas medidas de fé, devemos buscar uma fé maior?

Resposta: Sim! Com toda a nossa força! Por meio da oração, da Palavra, da comunhão e da obediência.

A fé é um dom de Deus. Romanos 12.3 diz: “Pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. Deus outorga a cada crente uma medida de fé. Efésios 2.8 afirma: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. A palavra “isto” se refere a todo o ato de Deus, incluindo a realização da obra de salvação na cruz e a sua aplicação por meio da fé. Filipenses 1.29 diz: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”. Crer e padecer são dons de Deus. De modo semelhante, o arrependimento (o outro lado da fé) é chamado um dom de Deus (2 Tm 2.25; At 11.18). A revelação de Cristo ao coração torna possível a fé e também é um dom (Mt 16.17; 2 Co 4.4, 6).

Isto não significa que a fé é estática ou que não devemos buscá-la mais e mais. Em 2 Tessalonicenses 1.3, Paulo diz: “A vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando”. Em 2 Coríntios 10.15, Paulo declara que tinha esperança de que fé daqueles crentes cresceria.

Portanto, é claro que a fé precisa crescer e não permanecer estática. O fato de que Deus lhe deu um nível de fé ontem não significa que a vontade dEle para hoje é que você tenha a mesma medida de fé. O propósito dEle para você hoje pode incluir uma fé muito maior. O seu mandamento é que confiemos nEle “em todo tempo” (Sl 62.8) e cresçamos “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).

Deus ordena o que quer e concede em medida aquilo que ordena. Mas devemos sempre buscar aquilo que Deus nos ordena. Ele manda: “Desenvolvei a vossa salvação... porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12-13). Deus não disse: “Visto que eu efetuo, vocês não devem agir”. Ele disse: “Porque eu efetuo, vocês realizam”. O dom de Deus não substitui o nosso esforço, mas capacita-o e sustenta-o.

Afirmamos, juntamente com Paulo: “A sua graça [de Deus], que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei...” (1 Co 15.10). O dom da graça produziu o trabalho árduo. Não acontece de maneira contrária. Paulo disse mais: “Trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo”. O próprio trabalho de Paulo foi um dom da graça. Sim, isto se parece com o nosso esforço. É um esforço! Mas isto não é tudo. O esforço não é a raiz. Se é virtuoso, é Deus “quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”. Ele cumpre “com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2 Ts 1.11). Deus equipa com “todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele” (Hb 13.21).

Por conseguinte, busquemos a maior fé possível, com todos os meios que a graça de Deus nos tem dado. Sejamos como Paulo e esforcemo-nos “o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente” em nós (Cl 1.29). E, quando trabalharmos arduamente, não pensemos de nós mesmos mais do que é necessário, mas, como Paulo, digamos: “Não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio... pelo poder do Espírito Santo” (Rm 15.18-19). Existe um lugar para a determinação na vida cristã (“trabalhei muito mais”), porém, ela é precedida e capacitada pelo dom (“a graça de Deus comigo”). Portanto, toda determinação é vivificada pela fé na graça futura.


Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sábado, 2 de outubro de 2010

O irresistível poder do Amor


 

Há alguma palavra, que mais do que qualquer outra, resuma a mensagem que precisamos ouvir como crentes? Provavelmente varias palavras viriam à mente, mas eu suspeito que elas todas poderiam ser transmitidas através da palavra: discipulado.
Esta é a forma típica de vermos a vida cristã… o evangelho é para o descrente, e os desafios do discipulado para o crente. Tenho percebido entretanto que esta forma de olharmos a vida cristã é inadequada. Ela não produz crentes alegres de todo coração que conheçam o significado de viver pela graça todos os dias de suas vidas. Ao invés disto ela tende a produzir discípulos obedientes, mas de certa forma carregados de culpa, que sabem ser falhos em viver os desafios de seu chamado. Ou pior, produz fariseus modernos que são justos por si mesmos porque são disciplinados.
Eu creio que a mensagem mais importante que nós precisamos ouvir como crentes é o Evangelho. Isto não significa que não precisamos dos desafios e instrução do discipulado. Significa que precisamos de praticar o discipulado na mesma atmosfera do evangelho.
Alguém já disse: “Disciplina sem desejo é fadiga”. O que é que coloca desejo na disciplina do discipulado? O que é que nos motivará a seguir a Jesus com alegria? É o evangelho; boas novas de que nossos pecados são perdoados através da morte de Cristo, que é a sua perfeita justiça tem sido (e está sendo) imputada a nós.
O apóstolo Paulo nos ensina em II Coríntios 5:14-15 que o amor de Cristo nos constrange… para que os que vivem não vivam mais para si mesmo, mas para aquela que por eles morreu e ressuscitou. Para Paulo o amor de Cristo era uma motivação irresistível. Isto o faria viver, não pra ele mesmo, mas para Cristo. Esta também deveria ser a nossa motivação. É o evangelho que mantém o amor de Cristo diante de nós. Ao ponto de viveremos diariamente na atmosfera do evangelho… ao ponto de sermos constrangidos pelo amor de Cristo.
Se vamos ser motivados pelo amor de Cristo como Paulo foi, então devemos colocar de lado o pensamento de que o evangelho é primeiramente para descrentes. Devemos aprender a viver todos os dias na atmosfera do evangelho, e na alegria e motivação que ele traz, e ir adiante para sermos discípulos mais comprometidos com Ele “Aquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados…” Apocalipse 1:5b
As Batidas do Coração do Mestre
Se encobrimos nosso egoísmo e racionalizamos o mal que há em nós, podemos apenas fingir que somos pecadores e portanto fingir que temos sido perdoados.
Alcoólatras em recuperação dizem: é difícil delirar honestamente. A recuperação não se inicia até que a negação da incapacidade em parar de beber, que reside no profundo da personalidade, seja exposta e reconhecida. Similarmente, não podemos receber o que o Mestre crucificado tem a nos dar, ao menos que admitamos nossas dificuldades.
Através de sua paixão e morte na cruz, Jesus levou as enfermidades essenciais do coração humano e quebrou para sempre o laço mortal de hipocrisia nas nossas almas. Ele nos libertou do poder fatal da solidão, indo Ele mesmo para a instância da solidão (“Deus meu, meu Deus, Por que me desamparaste?”). Ele compreendeu nossa ignorância, fraqueza e insensatez e garantiu perdão para todos nós (“Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem”). Ele fez do Seu coração partido um lugar seguro para todo pecador derrotado, sem esperança e desprezado. Deus reconciliou todas as coisas, tudo no céu e tudo na terra, quando Ele fez a paz através de Sua morte na cruz. (Colossenses 1:20)
A cruz revela que Jesus venceu o pecado e a morte e que nada, absolutamente nada, pode separar-nos do amor de Cristo. Nem o impostor nem o fariseu, nem a falta de consciência nem a falta da paixão, nem o julgamento negativo dos outros nem a percepção humilhante que temos de nós mesmos, nem nosso passado degradante nem nosso futuro incerto, nem o poder das lutas na igreja nem as tensões do nosso casamento, nem medo, nem culpa, medo auto-rejeição, nem mesmo a morte pode nos separa do amor de Deus, feito visível em Jesus a Senhor.
Ouvindo às batidas fracas do coração do Mestre à morte é estimulo poderoso para recuperar a paixão. É um som como nenhum outro.
O Crucificado diz, “Confesse o seu pecado e assim eu Me revelarei a você como um mestre e amigo amoroso. O medo sairá e seu coração despertará mais uma vez com paixão.” Sua palavra é dirigida àqueles cheios de um senso de auto-importância ou aos esmagados por uma auto-estima baixa. Ambos estão preocupados consigo mesmos. Ambos requerem o status de um deus, porque suas atenções estão voltadas para sua proeminência ou sua insignificância. Eles estão isolados e alienados, absorvidos consigo mesmos.
A libertação do egocentrismo crônico começa ao deixar Cristo amá-los onde eles estão.
Deixe o Grande Mestre lhe abraçar silenciosamente contra Seu coração. Conhecendo quem Ele é, você descobrirá quem você é: filho de Deus em Cristo o Senhor.

Daniel Luiz

Frieza Espiritual



Não me compraste por dinheiro cana aromática.- Isaías 43.24

Os adoradores no templo freqüentemente levavam presentes de aroma agradável para serem queimados sobre o altar do Senhor. Mas os israelitas que se afastaram do Senhor se tornaram egoístas e faziam poucas ofertas votivas ao seu Senhor. Isto era uma evidência da frieza de coração deles para com Deus e sua casa.

A reclamação apresentada neste versículo poderia ser ocasional ou, talvez, freqüentemente dirigida contra você? Aqueles que são pobres em dinheiro, mas ricos em fé, não serão menos aceitos porque seus dons são pequenos. Você oferece em proporção justa ao Senhor ou a pequena moeda da viúva pobre não é lançada no tesouro sagrado? O crente rico dever ser agradecido pelo tesouro que lhe foi confiado, mas não deveria esquecer sua grande responsabilidade. "Aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido" (Lucas 12.48).

Você compreende sua obrigação de dar ao Senhor de conformidade com o benefício recebido? O Senhor Jesus derramou seu sangue por nós. O que Lhe daremos? Tudo que somos e possuímos Lhe pertence, pois Ele nos comprou para Si mesmo. Como podemos continuar agindo como se pertencêssemos a nós mesmos? Oh! Que tenhamos mais consagração e mais amor! Senhor Jesus, nada é caro demais para Te darmos como tributo ao teu amor incomparável. Apesar disso, Tu recebes, com favor, as menores e sinceras provas de nossa afeição. Tu recebes os nossos pobres "não-me-esqueças" como se fossem infinitamente preciosos, embora eles sejam como um buquê de flores silvestres que uma criança traz para sua mãe. Que jamais nos tornemos avarentos para com nosso Senhor. De agora em diante, jamais ouçamos o Senhor reclamar que estamos retendo os dons de nosso amor.
 
Charles H. Spurgeon

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Louco amor - Capítulo 10