quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Tendência do Evangelicalismo – Um alerta de John MacArthur




Em seu novo livro Escravo (futuro lançamento da Fiel), John MacArthur alerta sobre a tendência do evangelicalismo em relação ao pragmatismo. Confira.

O curso do evangelicalismo predominante é direcionado por preocupações pragmáticas, não por teológicas. Os gurus do movimento de crescimento da igreja se preocupam com o que atrai a multidão, e não com aquilo que a Bíblia diz. Devido ao bem sucedido apelo à carne não redimida, os pregadores da prosperidade fazem do homem o mestre, como se Cristo fosse um tipo de gênio da lâmpada – obrigado a conceder saúde, prosperidade e felicidade àqueles que enviam dinheiro o suficiente. Mesmo em alguns círculos conservadores, métodos mundanos pragmáticos (incluindo humor crasso e discurso grosseiro), e adaptações quase ilimitadas do que há de pior na música mundana são defendidos calorosamente, contanto que obtenham resultados visíveis. A triste realidade é que a popularidade, não a fidelidade a Cristo e à sua Palavra, tem se tornado o novo padrão de medida e a atual marca da ideologia do não-senhorio.

Como resultado, as Escrituras têm sido sistematicamente substituídas por qualquer outra coisa considerada mais relevante ou interessante. O empreendedorismo do movimento independente da igreja a tem tornado popular, ao ponto de milhares de pretensiosos “cristos” edificarem seus próprios impérios de mídia, rotulando a si mesmos como apóstolos e dando nome de igrejas a suas organizações. Mas estes ministérios magnatas não estão interessados em edificar a igreja verdadeira, que é um fato evidenciado por sua indiferença para com a verdade proposicional, somado à sua ganância em ganhar a simpatia do povo, tanto por minimizarem a Palavra de Deus quanto o senhorio de Cristo. Eles diluem o evangelho, encurtam ainda mais seus ralos sermões e adaptam uma estratégia de marketing para seu ministério. Ao fazerem isto, rebelam-se contra Cristo!

O Senhor expressa seu governo em sua igreja, à medida que a Escritura é pregada, explanada, aplicada e obedecida. Diminuir o papel dominante da Escritura na vida da igreja significa tratar o Senhor da igreja como se sua revelação fosse opcional. É nada menos que um motim. E a gravidade de tal revolta não se pode medir. Um ministério não bíblico, uma pregação não expositiva e um ensino não doutrinal usurpam a autoridade de Cristo como cabeça, silenciando sua voz para com suas ovelhas. Este tipo de abordagem devastadora afasta do corpo de Cristo a mente de Cristo, produz indiferença para com sua Palavra e extingue a obra do seu Espírito. E, ainda, remove a proteção contra o erro e o pecado, elimina a preeminência e a clareza, desfigura a adoração, semeia a transigência, desvia a honra devida ao verdadeiro cabeça da igreja, e o Senhor não toma com agrado aqueles que roubam a sua glória.

Fonte: Blog Fiel

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Deixe o resultado com o Espírito Santo





Nenhum homem dentre nós realmente acha que poderia regenerar uma alma. Não somos tão tolos a ponto de reivindicar poder para mudar um coração de pedra. Talvez não ousemos presumir algo tão grandioso, contudo, podemos achar que, pela nossa experiência, podemos ajudar as pessoas a passar por suas dificuldades espirituais. Será que podemos? Podemos ter esperança que nosso entusiasmo mova a igreja viva diante de nós e empurre o mundo morto para trás de nós. Isso pode acontecer? Quem sabe, imaginamos que se pudéssemos apenas conseguir um avivamento, poderíamos facilmente assegurar um grande acréscimo à igreja? Vale à pena conseguir um avivamento? Os verdadeiros avivamentos não são presenteados?

         Podemos nos persuadir que tambores e trompetes e gritos farão muito. No entanto, meus irmãos, "o SENHOR não estava no vento" (1Rs 19.11). Resultados que valem à pena vêm daquele silencioso, mas onipotente Obreiro, cujo nome é o Espírito de Deus: nele, e somente nele, precisamos confiar para a conversão de uma única criança da escola dominical e para todo avivamento genuíno. Devemos olhar para ele para conservar nosso povo junto e edificá-los em um templo santo. O Espírito poderia dizer, assim como disse nosso Senhor: "Sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (Jo 15.5).

         O que é a igreja de Deus sem o Espírito Santo? O que seria o Hermom sem o orvalho ou o Egito sem o Nilo? Veja a terra de Canaã, quando a maldição de Elias caiu sobre ela, por três anos não sentiu orvalho nem chuva: assim seria o cristianismo sem o Espírito. O que os vales seriam sem seus córregos, ou as cidades sem seus poços, o que os campos de milho seriam sem o sol, ou a safra de vinho sem o verão--assim seriam nossas igrejas sem o Espírito. Como não podemos pensar no dia sem luz, na vida sem respiração, no céu sem Deus, também não podemos pensar no culto cristão sem o Espírito Santo.

Charles H. Spurgeon

domingo, 26 de agosto de 2012

Pode-se Confiar Num Cânon Criado Pela Igreja Primitiva?


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sábado, 25 de agosto de 2012

John Piper - O que é pregação?


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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tudo que não é feito por fé é pecado



Estas palavras do apóstolo Paulo: “tudo o que não é feito com fé, é pecado” (Rm 14:23) - são verdadeiras em mais de um sentido. Deus não se agrada quando não dou valor à moralidade ! Deus se agrada quando eu me refiro à probidade, à temperança ou qualquer outra virtude humana, com elogio e respeito. Mas depois de ter dado a essas coisas seu legítimo valor, sabem o quê eu acrescentarei ? Isto: todas as virtudes puramente humanas, são parecidas com aquelas pequenas conchas que servem de moeda em certas partes da Índia. Eles servem para comprar na Índia, mas na Europa não têm valor algum.

Analogamente, as virtudes humanas podem servir como moeda corrente aqui embaixo, mas no alto não servem para nada. Se você não tem algo melhor que sua própria excelência, você não entrará jamais no céu. Sem dúvida, se devesse passar minha vida no meio do povo indiano, eu teria que ter muitas conchas; mas se devo viver num país civilizado, uma outra moeda me é necessária. Assim, a probidade, a temperança e outras coisas semelhantes, são muito boas para a terra, e quanto mais vocês as possuírem, mais lhes valerá. Todas as coisas que são justas, puras, amáveis e de boa reputação, eu lhes exorto, meus irmãos, à procurar e praticar; mas ao mesmo tempo lhes declaro, lhes é necessário mais para entrar no céu. Sem a fé, todas essas coisas reunidas não têm nenhum valor diante de Deus.

As virtudes, sem a fé, são pecados caiados por fora e nada mais. A obediência sem a fé  (admitindo que isso fosse possível)  não seria mais que desobediência disfarçada. A incredulidade anula tudo. É a mosca que deteriora o perfume (Ec 10:1); é a erva venenosa que envenena o jarro (2 Reis 4:38-41). Se possuíssemos todos nós a pureza mais amável, a filantropia mais generosa, a simpatia mais desinteressada, o gênio mais nobre, o patriotismo mais devotado, a integridade mais conscienciosa, mas não tivéssemos a fé, não temos nada. Sem a fé, diz o Apóstolo, é impossível agradar a Deus.
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Cereja do Bolo


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João 3:1-3 E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Quem não lembra o famoso diálogo entre Jesus Cristo e o fariseu Nicodemos? Que no meio da noite foi ter com Jesus pois não queria que sua vida mudasse por conta da sua fé no messias. Tinha medo, tinha orgulho, era apegado na sua vida terrena.

A resposta foi direta: "Todo aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus."

Talvez em um último suspiro do velho homem, após crer que Cristo é o Filho de Deus, que morreu em nosso lugar, ressuscitou, subiu ao céu e um dia voltará consumar o seu Reino que já existe hoje.

Talvez nessa última tentativa da nossa natureza pecaminosa, tentamos à semelhança de Nicodemos moldar Deus às nossas vidas. Tentamos continuar vivendo como se nada houvesse acontecido, como se Jesus fosse a cereja do bolo, um conforto, uma pequena esperança de que posso viver como estou e ainda, no fim ser salvo.

Vivemos nossa rotina e se der, encontramos um tempinho pra Ele, faço uma oração antes de dormir, leio um blog cristão, quem sabe pego a bíblia um pouquinho. Se reunir com os cristãos pra cultuar a Deus? Se a agenda permitir, afinal de contas domingo é um dia de descanso certo?

Pobre mente pecadora, não sabe que o Criador jamais se moldará a ninguém, alguém consegue imaginar a criatura moldando o criador? Impossível. Cristo jamais será a cereja, Ele tem que ser o bolo.

Temos que "nascer de novo", moldar nossas vidas conforme a vontade de Deus, revelada nas escrituras, não existe outra maneira em que eu possa adentrar no Reino de Deus. Novo nascimento, santidade...

Uma mente regenerada anseia pelo seu Salvador, deseja estar sempre com Ele, deseja conhecê-lo, nenhum momento é mais prazeroso do que estar na presença Dele. Se isso não acontece na sua vida, clame, grite como se fosse o ser mais infeliz dessa terra.

Não se engane, não imagine que está tudo bem, que mesmo sem intimidade com Deus é possível ser salvo, isso era o que Nicodemos pensava e Jesus foi claro: "Todo aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus."

Que Jesus nos ajude.

Fernando.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Presença Perdida de Deus


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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento


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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Se eu tiver fé, poderei fazer mais milagres do que Jesus?




Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (João 14.12).

Jesus fez esta promessa aos seus discípulos na noite em que foi traído, antes de ir com eles para o Getsêmani, durante o jantar em que instituiu a Ceia. O Senhor falou que iria para o Pai preparar lugar para os discípulos (Jo 14.1-4), e em seguida explicou como eles chegariam lá (14.5-6). Respondendo ao pedido de Filipe para que lhes mostrasse o Pai, Jesus explica que Ele está de tal forma unido ao Pai, que vê-lo é ver o Pai (14.7-9). E como prova de que Ele está no Pai e o Pai está nEle, Jesus aponta para as obras que realizou (14.10-11). E em seguida, faz esta promessa, “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12).

Este dito de Jesus é difícil porque parece prometer que seus discípulos seriam capazes de realizar os milagres que Ele realizou, e até mesmo maiores, se somente cressem nEle – e pelo que lemos no livro de Atos e na história da Igreja, esta promessa não parece ter-se cumprido. Compreender o real sentido desta passagem tem se tornado ainda mais crucial pois ela tem sido usada, após o surgimento do movimento pentecostal e seus desdobramentos, para defender modernas manifestações miraculosas, iguais e maiores dos que as efetuadas pelo próprio Jesus Cristo.

Há duas principais tentativas de interpretar este dito de Jesus:

1. As “obras” são os milagres físicos realizados por Jesus

A interpretação popular e mais comum, aceita pela maioria dos evangélicos no Brasil (esta maioria, por sua vez, é composta na maior parte por pentecostais e neopentecostais), é que Jesus realmente prometeu que seus discípulos seriam capazes de realizar os mesmos milagres que Ele realizou, e mesmo maiores. É importante notar que muitos membros de igrejas históricas, como presbiterianos, batistas, congregacionais e episcopais, entre outros, também foram influenciados por este ponto de vista. Nesta interpretação, a palavra “obras” é entendida exclusivamente como se referindo aos milagres físicos que Jesus realizou, como curas, exorcismos e ressurreição de mortos. Os adeptos desta interpretação entendem que existem hoje pastores, obreiros e crentes com capacidade para realizar os mesmos milagres de Jesus – e até maiores. Defendem que curas, visões, revelações e de outras atividades miraculosas estão acontecendo no seio de determinadas igrejas nos dias de hoje, exatamente como aconteceram nos dias de Jesus e dos apóstolos. E desta perspectiva, se uma igreja evangélica não realiza estes sinais e prodígios, significa que ela é fria, morta, sem fé viva em Jesus.

Apesar desta interpretação parecer piedosa e cheia de fé (e é por isto que muitos a aceitam), tem algumas dificuldades óbvias. Primeira, apesar dos milagres que realizaram, nem os apóstolos, que foram os cristãos mais próximos desta promessa, parecem ter suplantado aqueles de Jesus, em número e em natureza. Jesus andou sobre as águas, transformou água em vinho, acalmou tempestades e suas curas, segundo os Evangelhos, atingiram multidões. Não nos parece que os apóstolos, conforme temos no livro de Atos, suplantaram o Mestre neste ponto. Segundo, a História da Igreja não registra, após o período apostólico, a existência de homens que tivessem os mesmos dons miraculosos dos apóstolos e que tenham realizado milagres ao menos parecidos com os de Jesus. Na verdade, os grandes homens de Deus na História da Igreja nunca realizaram feitos miraculosos desta monta, como Agostinho, Lutero, Wycliffe, Calvino, Bunyan, Spurgeon, Moody, Lloyd-Jones, e muitos outros. Os pregadores pentecostais que afirmam ser capazes de realizar milagres semelhantes, e ainda maiores, não têm um ministério de cura e milagres consistente e ao menos semelhantes aos de Jesus. O famoso John Wimber, um dos maiores defensores das curas modernas, morreu de câncer na garganta. Antes de morrer, confessou que nunca conseguiu curar uma criança com problemas mentais, e nem conhecia ninguém que o tivesse feito.  Os cultos de cura de determinadas igrejas neopentecostais alegam milagres que são de difícil comprovação. Terceiro, esta interpretação deixa sem explicação o resto da frase de Jesus: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12). E por último, esta interpretação implica que os cristãos que não fizeram os mesmos milagres que Jesus fez não tiveram fé suficiente, e assim, coloca na categoria de crentes “frios” os grandes vultos da História da Igreja e milhões de cristãos que nunca ressuscitaram um morto ou curaram uma doença.

Esclareço que não estou dizendo que Deus não faz milagres hoje. Creio que Ele faz, sim. Creio que Ele é poderoso para agir de forma sobrenatural neste mundo e que Ele faz isto constantemente. O que estou questionando é a interpretação desta passagem que afirma que se tivermos fé faremos milagres maiores do que aqueles realizados por Jesus.

2. As “obras” se referem ao avanço do Reino de Deus no mundo

A outra interpretação entende que Jesus se referia obra de salvação de pecadores, na qual, obviamente, milagres poderiam ocorrer. Os principais argumentos em favor desta interpretação são estes:

a. A expressão “quem crê em mim” é usada consistentemente no Evangelho de João para se referir ao crente em geral, em contraste com o mundo que não crê. Examine as passagens abaixo:

  • Jo 6:35  Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
  • Jo 6:47  Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.
  • Jo 11:25-26  Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?
  • Jo 12:46  Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.

Fica claro pelas passagens acima que aqueles que crêem em Jesus são os crentes em geral, e que a fé em questão é a fé salvadora. Por analogia, a expressão “quem crê em mim” em João 14.12 também se refere a todo crente, e não àqueles que teriam uma fé tão forte que seriam capazes de exercer o mesmo poder de Jesus em realizar milagres – e até suplantá-lo!

b. O termo “obras” referindo-se às atividades de Jesus, é usado no Evangelho de João para se referir a tudo aquilo que Ele fez, conforme determinado pelo Pai, para mostrar Sua divindade, para salvar pecadores e para glorificar ao Pai. Veja estas passagens: Jo 4:34; 5:20,36;  6:28,29; 7:3; 9:3,4; 10:25,32,33,37,38; 14:10,11; 14:12; 15:24; 17:4. O termo “obras” não se refere exclusivamente aos milagres de Jesus, muito embora em algumas ocorrências os inclua. No contexto da passagem que estamos examinando, Jesus usa o termo “obras” para se referir às palavras que Ele tem falado: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (Jo 14.10). É evidente, portanto, que não se pode entender o termo “obras” em Jo 14.12 como se referindo exclusivamente aos milagres físicos realizados por Jesus. O termo é muito mais abrangente e se refere à sua toda atividade terrena realizada com o fim de salvar pecadores: palavras, atitudes e, sem dúvida, milagres.

c. A frase “porque eu vou para junto do Pai” fornece a chave para entender este dito difícil. Enquanto Jesus estava neste mundo, sua ação salvadora era limitada pela sua presença física. Seu retorno à presença do Pai significava a expansão ilimitada do Reino pelo mundo através do trabalho dos discípulos, começando em Jerusalém e até os confins da terra. Como vimos, as “obras” que Ele realizou não se limitavam apenas aos milagres físicos, mas incluíam a influência dos mesmos nas pessoas e a pregação do Reino efetuada por Jesus. Estas obras, porém, estavam limitadas pela Sua presença física em apenas um único lugar ao mesmo tempo. As “obras maiores” a ser realizadas pelos que crêem devem ser entendidas deste ponto de vista: os discípulos, através da pregação da Palavra no mundo todo, suplantaram em muito a área de atuação e influência do Senhor Jesus, quando encarnado.

Adotar a interpretação acima não significa dizer que milagres não acontecem mais hoje. Estou convencido de que eles acontecem e que estão implícitos neste dito do Senhor Jesus. Entretanto, eles ocorrem como parte da obra de expansão do Reino, que é a obra maior realizada pela Igreja.

O dito de Jesus, portanto, não está prometendo que qualquer crente que tenha fé suficiente será capaz de realizar os mesmos milagres que Jesus realizou e ainda maiores – a Escritura, a História e a realidade cotidiana estão aí para contestar esta interpretação – e sim que a Igreja seria capaz de avançar o Reino de Deus de uma forma que em muito suplantaria o que Jesus fez em seu ministério terreno. Os milagres certamente estariam e estão presentes, não como algo que sempre deve acontecer, dependendo da fé de alguns, e não por mãos de pretensos apóstolos e obreiros super-poderosos, mas como resposta do Cristo exaltado e glorificado às orações de seu povo.



Fonte: O Tempora, O Mores

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Morrer em Cristo é Ganho


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domingo, 12 de agosto de 2012

Uma Boa Paternidade Aponta para Deus


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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Jesus Morreu Por Mim





Por Tim Conway e Bob Jennings © I’ll Be Honest
Originalillbehonest.com

Fonte: Voltemos ao Evangelho

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vou poupar esse traidor!!






Há pessoas que acham que o pecador dá o primeiro passo rumo à salvação. Isso não é verdade. Deus sempre dá o primeiro passo. As pessoas nunca clamarão a Deus para salvá-las até que a obra da salvação já tenha sido começado em seus corações. Elas não querem a misericórdia de Deus. Elas fogem da graça que lhes é oferecida. Elas rejeitam o evangelho quando é pregado. Não virão a Cristo para que possam ter vida. Voltam suas costas para Deus de maneira obstinada e perversa. As pessoas só são salvas quando Deus, com Sua mão forte, leva-as até Cristo.

Não há nenhuma razão pela qual Deus deveria salvar os pecadores. Deus sabe que todas as pessoas são culpadas, como criminosos no tribunal de justiça. Ele sabe que Sua misericórdia pareceria ter sido jogada fora em homens assim.

Agora quero mostrar-lhes a graça soberana de Deus. Deus diz: "Vou poupar esse traidor; ele merece morrer, mas vou poupá-lo. Vou provar que sou rei e o Deus da misericórdia." Por que então Deus poupar alguns dos pecadores? Há apenas uma resposta para essa pergunta: "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia" (Rom 9:15-16).

Não façam perguntas. Deus não explica às pessoas o que Ele faz ou porque Ele faz isso. Se vocês questionarem Sua realeza. Sua resposta será: "Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?" (Rom. 9:20). Peçam a Deus Sua misericórdia. No entanto, lembrem-se de que vocês não têm direito à Sua misericórdia. Peçam a Deus misericórdia, sabendo que Ele tem o direito de dá-la ou de recusá-la como Lhe aprouver. Se Deus quiser, Ele pode salvá-los; ou se desejar, Ele pode destruí-los. Vocês têm a obrigação de curvar suas cabeças e dizer: "Deus tenha misericórdia de nós, pecadores, salve-nos para Sua glória, para que Sua misericórdia e soberania possam ser claramente vistas."

Charles H. Spurgeon

domingo, 5 de agosto de 2012

Sofrimento - Por Augustus Nicodemus Lopes


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A Obra de Cristo foi insatisfatória?



"... o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos."Cremos que há um valor infinito na expiação de Cristo. Cremos que, por causa da morte de Cristo, há um convite genuíno a todos os homens: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa" (Atos 16:31). Contudo, devemos crer também que Cristo morreu apenas por aqueles que Deus escolheu, Seu povo eleito. Como seria possível que Cristo fizesse a expiação dos pecados daqueles que nunca creram nEle e que vão para o inferno? Não adianta dizer: "Mas eles não aceitariam a expiação." Pergunto: "A expiação foi satisfatoriamente feita para eles, ou não?" Certamente acontecerá que todos aqueles pelos quais Cristo fez a expiação de fato serão salvos. Ou então a obra de Cristo foi insatisfatória, até que um homem, crendo, lhe dê valor. Isso é inconcebível.

Todo homem que crê em Cristo será salvo. Cristo, pela Sua morte, fez a expiação total por aqueles que crêem. Deus seria injusto se castigasse os crentes quando Ele já castigou Seu próprio Filho pelos pecados de Seu povo. Esta segurança contra o castigo é como uma rocha sobre a qual os cristãos podem se sustentar. É um lugar de repouso seguro para todos aqueles que crêem em Cristo.

Se vocês não crêem em Cristo, devem suportar o castigo por seus próprios pecados. O sangue de Cristo não fez a expiação deles. Vocês rejeitaram o convite de Cristo e perecerão, porque transgrediram a lei de Deus e recusaram-se a ser salvos pela cruz de Cristo.

Vamos agora aplicar aos nossos corações a verdade que estivemos expondo.

Quero fazer-lhes uma pergunta. O Senhor Jesus carregou seus pecados? Vocês podem verdadeiramente afirmar, usando estas palavras: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho..."? Vocês sentem em seus corações que pecaram e desviaram-se do caminho? Se vocês têm uma percepção pessoal do pecado dessa forma, então minha pergunta está respondida. O Senhor fez cair sua iniqüidade sobre Cristo. Deus fez cair sobre Cristo o pecado de todos aqueles que confessam seu pecado e confiam apenas em Cristo para a salvação.

Mas se vocês não confiarem em Cristo, não posso dizer-lhes que o Senhor arrancou seu pecado e o fez cair sobre Cristo. Se vocês morrerem nessa atitude de incredulidade, serão condenados no dia do juízo. Deixem-me perguntar: vocês pretendem carregar sozinhos o seu pecado? Jesus sofreu muito quando carregou os pecados de Seu povo. O que vocês terão que sofrer se sozinhos suportarem a ira de Deus contra seu pecado? Vocês saberão então que "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Heb. 10:31). Os homens se enraivecem quando lhes falamos sobre este ensinamento do castigo eterno. Devemos dizer-lhes que esse é o ensinamento da Palavra de Deus. Sua pergunta deveria ser: "Como posso evitar o castigo?" Pensem em como Cristo era perfeito. Como podem achar que algo de bom em vocês é capaz de fazer a expiação do pecado?

Pensem no que Cristo teve que suportar a fim de fazer a expiação do pecado. Como vocês podem achar que algo que venham a fazer é capaz de efetuar a expiação de seu pecado? Se vocês não escolherem ser salvos pelo modo de Deus, não poderão absolutamente ser salvos. Não há nenhum outro caminho de salvação. Deixem-me recomendar este caminho a vocês. Confiar em Cristo, sabendo que Ele tomou meus pecados e suportou a punição por eles em meu lugar, faz com que eu me sinta muito exultante. Estou lhes falando a partir de minha própria experiência. Sei que estou salvo porque Cristo derramou Seu sangue por mim. Estou pronto para morrer e me erguer corajosamente no dia da ressurreição, porque Cristo é minha justiça e Deus não me condenará. Rogo-lhes que venham a Cristo a fim de que possam sentir a mesma confiança.

Charles H Spurgeon