segunda-feira, 31 de março de 2014

Você sabe o que a Cruz significa?





sexta-feira, 28 de março de 2014

O que a Bíblia diz sobre...Ter amigos descrentes?





Antes de entender o que a Bíblia ensina sobre amizade com descrentes, é importante que, primeiramente, definamos os termos. Na Bíblia, existe uma diferença entre palavras traduzidas por “amigo”. Uma delas, significa um simples “colega, companheiro”. Foi assim que Jesus chamou a Judas, quando este veio para o entregar (Mt 26:50). Outra palavra traduzida como “amigo” envolve um pouco mais de afetividade, pois sua raiz é a palavrinha filo, que significa “amante de. Diríamos que ela seria algo como um “amigo querido”. Era assim que Jesus via os outros 11 apóstolos (Jo 11:15). É esse tipo de amizade que somos chamados a ter com nossos irmãos em Cristo (1Pe 3:8). Sendo assim, podemos dizer que, biblicamente, há dois níveis de amizade: um simples coleguismo ou companheirismo, e uma amizade fraterna, que envolva certa dose de comunhão.

         É óbvio que a Bíblia não condena este primeiro tipo de amizade. Isso é visto no exemplo de Jesus. Ele andou com Judas. Comeu com ele. Teve comunhão. Porém, o próprio Jesus o considerou um simples companheiro, ou seja, andavam juntos por terem uma atividade em comum. Eu diria, então, ser esse o tipo de amizade que mantemos em nossos trabalhos e atividades do dia a dia. Temos colegas de trabalho, de escola, de faculdade que conversamos e temos comunhão, porém no nível do companheirismo, por termos uma certa atividade que nos une. Portanto, digamos assim, ter colegas descrentes não é pecado.

       A questão maior existe no outro nível de amizade, aquela onde não é uma atividade em comum que une, mas laços afetivos. São aquelas amizades que existem por gostos em comum, onde os amigos têm prazer nas conversas e na comunhão um com o outro. São amizades que mantemos por decisão pessoal. Será que é, então, pecado ter amigos assim que sejam descrentes?

       Bem, a resposta a essa questão deve ser cuidadosamente dada, e exige uma certa dose de maturidade e equilíbrio do leitor. Isto porque ela é daquelas respostas do tipo “não, porque nem sempre”. Ou seja, não é pecado ter amigos descrentes, mas este tipo de amizade requer certos cuidados. Vamos entender isto.

     Primeiro, é claro na Bíblia que não é pecado, em si, ter amigos fraternos que não são crentes. Jesus teve amigos assim! Em Mateus 11:19, Jesus é criticado por seus opositores por ter amigos “publicanos e pecadores”. Jesus sentava com eles para comer, conversar e ter comunhão. Se Jesus tinha tal tipo de amizade, então é porque isto não é errado.

     Não obstante, embora a regra “se Jesus fez então não é pecado” se aplique aqui, uma ressalva precisa ser feita: Jesus não corria os riscos de uma amizade com incrédulos. De fato, sabemos que Jesus mantinha amigos incrédulos com o firme propósito de influenciá-los para o bem, de ensiná-los acerca do arrependimento e do evangelho. Além disso, Jesus certamente mantinha-se descontaminado de qualquer influencia pecaminosa que tal amizade poderia proporcioná-lo. Dito isso, penso que estes são os dois parâmetros a serem seguidos sempre que quisermos manter uma amizade com um descrente: 1) Esta amizade servirá para influência positiva em favor do evangelho; e 2) Esta amizade não me influenciará negativamente em favor do pecado.

       O seguinte texto nos dá base para o primeiro parâmetro:

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:14-16)

      Enquanto estamos no mundo, não devemos nos esconder daqueles que precisam de luz. Pelo contrário, precisamos sempre procurar meios de fazer nossa luz brilhar diante dos homens e, assim, influenciá-los positivamente para que glorifiquem a Deus. Eu, particularmente, não vejo melhor ambiente para uma boa influencia do que uma amizade.

       Porém, no texto anterior a este que mencionei, diz o seguinte:

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)


       Este texto fala do perigo de deixarmos de ser uma boa influencia para os incrédulos. Uma amizade, portanto, onde nossa influencia não é positiva, mas neutra ou negativa, é uma amizade inútil e prejudicial. Uma frase que minha mãe sempre dizia era “Se você não é boa influência para os seus amigos, então você é uma má influencia para eles”. O que ela queria dizer é que se eu não dou um testemunho cristão para incentivar meus amigos a crerem em Cristo, então minha amizade é prejudicial a eles.

     Quanto ao segundo parâmetro, os seguintes textos nos deixam claro que qualquer amizade que nos influencia ao pecado é pecaminosa.

Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.(Salmo1. 1).

Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1Coríntios 15:33)

Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4)

      Penso que tais versículos nos deixam claros os limites e os riscos do relacionamento fraternos com incrédulos. Em amizades assim, certamente ocorrem emissão de conselhos equivocados, assuntos pecaminosos em conversas, práticas contrárias aos bons costumes e à Palavra de Deus, e etc. Por isso, é necessário muito cuidado para não se deixar influenciar negativamente por qualquer coisa que desagrade a Deus dentro de uma amizade.

       Contudo, é pecado ter amigos descrentes? A resposta é não, não é pecado, desde que esta amizade sirva para testemunhar a Cristo e não seja uma fonte de influência pecaminosa às nossas vidas. Baseado nisso, para encerrar, gostaria de deixar alguns conselhos:

1) Embora você possa ter alguma amizade com um incrédulo, dê preferência às amizades com cristãos. A comunhão com nossos irmãos em Cristo é uma ferramente poderosíssima de Deus para trabalhar a nossa vida espiritual. Por isso, é altamente recomendável que a maioria de nossas amizades seja com outros crentes.

2) Saiba que a amizade com um descrente deve conter limitações. Por exemplo, não é bom ter como “amigo de conselhos” alguém que não está sujeito à Palavra de Deus. Ou então, é preciso cuidado ao querer frequentar determinados ambientes com amigos descrentes, os quais você sabe que não se comportarão de maneira adequada à Palavra de Deus. Ou seja, estabeleça os limites necessários para que você possa manter seu bom testemunho e não receba uma má influência.

3) Se você é uma pessoa que já possui certa maturidade cristã e firmeza na Palavra, então estimule-se a desenvolver amizades com descrentes com o propósito de testemunhar de Cristo a eles. Não estou dizendo, porém, que você deve usar as pessoas, dando-lhes uma falsa amizade com segundas intenções. Mas, sempre que vier à tona uma certa afinidade com um descrente, procure desenvolver e estreitar tal laço, para que ele possa ter uma fonte de luz em sua vida. Coisas como chamar em sua casa para conversar sobre o assunto, ou marcar uma refeição em algum lugar, ou mesmo marcar uma partida de futebol são algumas possíveis atitudes que podem proporcionar ao amigo incrédulo momentos de exposição a um testemunho cristão.

4) Avalie o que te atrai a uma amizade com um incrédulo. Temos nossos motivos para nos aproximar das pessoas. Gostos em comum, hábitos em comum, pensamentos em comum, dentre outros. Porém, se aquilo que nos atrai a um descrente for um gosto, hábito, pensamento ou qualquer coisa que não agrada a Deus, então esta amizade se constitue em inimizade contra Deus (Tg 4:4).
Pr. Antônio Neto

quarta-feira, 26 de março de 2014

Posso ter uma Lan House?... A Bíblia Responde #35




Écorreto ter uma casa de videogames tipo lan house e ser cristão?

Certa vez um sapateiro que tinha se convertido ao cristianismo chegou para Lutero e perguntou o que ele deveria fazer para servir a Deus, Lutero respondeu: “Faça bons sapatos e venda a preços justos”.

Não devemos separar em nossas vidas coisas que são sagradas e coisas que são profanas, coisas que podemos e coisas que não podemos fazer; devemos é fazer todas as coisas para a glória de Deus. Você pode ser dono de uma lan house e glorificar a Deus com isso.

Como? Através do seu trabalho, sendo honesto, pagando os devidos tributos e impostos, cumprindo as regras que regem o segmento da sua empresa, não usando softwares piratas, seguindo as orientações de faixas etárias de cada game, enfim, fazendo bem o seu trabalho, cumprindo as leis civis e praticando preços justos.

Fazendo essas coisas você estará glorificando a Deus com seu trabalho e sua empresa.

Deus te abençoe.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Texto fora de Contexto - Romanos 8:28




Rom 8:28  Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
            O texto de Romanos 8:28 é um daqueles prediletos de muita gente. Se fizéssemos uma pesquisa, não seria surpreendente ver este versículo como um dos mais conhecidos dos evangélicos, mais até, talvez, do que João 3:16. O motivo para isso reside no fato da cada vez mais crescente mania evangélica de considerar a Bíblia como um livro de autoajuda. Consequentemente, aqueles versículos que motivam, falam de triunfo, consolam e animam serão os prediletos nas pregações e nas conversas informais.
             No caso desse texto, não é incomum vê-lo sendo utilizado com propósitos motivacionais. Porém, para entendermos como ele é usado para motivar, imagine uma situação onde você é dono de uma empresa, e então descobre que ela vai à falência. Um amado irmão em Cristo, na expectativa de te animar, chega para você e diz “Querido, saiba que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Deus há de te dar uma empresa melhor e maior. Você vai sair dessa!”.
Esta pessoa entende que tal versículo significa que todas as coisas que ocorrem na sua vida cooperam para circunstâncias ainda melhores. Ou seja, se um ladrão te furta algo, é porque Deus vai te dar algo melhor ainda. Se você termina um namoro, é porque Deus vai te dar um namoro ainda melhor. Se você não passa na prova do vestibular, é porque Deus vai te colocar em uma faculdade superior. Porém, será que é isso mesmo?
Não, não é isso! Não é isso que o texto ensina. Na verdade, o problema todo reside no que o apóstolo Paulo, o escritor desse texto, quer dizer com a palavrinha “bem”. E a resposta está um versículo depois, em Romanos 8:29:
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Note que este versículo começa com a conjunção “Porquanto”. Isto significa que este versículo explica algo do anterior. O verso 28 ensina que tudo coopera para o bem daqueles a quem Deus chamou segundo o seu propósito. A pergunta, então, é “Por que tudo coopera para o nosso bem?”.
A resposta é que Deus nos chamou para um propósito, descrito no verso 29, o de sermos conformes (da mesma forma) à imagem de Cristo. Ou seja, Deus nos chamou para sermos parecidos com Cristo; para que Cristo seja transparecido por meio de nossas vidas. Deus já nos destinou de antemão para isso, mas ele já está trabalhando em nós para este fim.
Outros textos da Bíblia mostram como Deus tanto deseja que sejamos cada vez mais parecidos com Cristo, quanto que isso ocorrerá plenamente no futuro. Veja alguns exemplos:
Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” Col 3:9,10
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1 Jo 3:2
Note como o primeiro versículo mostra que já estamos sendo feitos à imagem de Cristo. Já o segundo versículo diz que, quando Cristo vier, seremos semelhantes a ele (você lembra da expressão “imagem e semelhança” lá de Gênesis? São palavras sinônimas, por isso o termo “semelhança” é usado em 1 João).
Agora sim podemos entender o que Paulo quis dizer com a palavrinha “bem” em Rm 8:28. Com esta palavra, o apóstolo tinha em mente o propósito de Deus de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Ou seja, tudo o que acontece na vida dos crentes tem o propósito de torna-los mais parecidos com o Senhor Jesus Cristo. Este é o nosso “bem”.
O real valor, portanto, desse trecho que analisamos é entender qual é, de fato, o maior bem de nossas vidas, aquilo pelo qual devemos desejar com mais vigor. Se tivermos como nosso maior desejo o ser mais parecidos com Cristo, então este versículo é extremamente apropriado para nos consolar e motivar nas dificuldades. A perda de um emprego, a perda de um ente querido, a descoberta de uma doença, o fracasso em uma prova importante, tudo isso tem o propósito de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Nossas dificuldades servem como um martelo na mão do escultor, que vai retirando excessos e dando a forma apropriada à sua escultura.
Por isso, quando for utilizar este trecho para o seu próprio consolo, ou o consolo de alguém, simplesmente troque a palavrinha “bem” por “nos tornar mais parecidos com Cristo”. Desta forma, você usará este texto em seu contexto, e oferecerá um consolo apropriado para todas as circunstâncias.
In omnibus glorifectur Deus.

Pr. Antônio Neto

Fonte: Igreja Batista Luz do Mundo

quinta-feira, 13 de março de 2014

Deus é o Próprio Ser?... A Bíblia Responde #34




O que significa que Deus é o próprio ''Ser'?

Deus é o próprio ser?” A primeira pergunta que fazemos é: “É possível algo realmente ser auto existente?” Logicamente é impossível que algo seja auto criado, porque para que algo crie a si mesmo, ele deveria existir antes de existir, e precisaria também ser e não ser ao mesmo tempo e no mesmo relacionamento. A lógica elimina isso como uma possibilidade racional.

A ideia de auto existência, que em teologia chamamos de atributo de aseidade é a ideia de que algo existe em e por si mesmo; é não causado, não criado e difere de tudo no universo que tem uma causa.

Um ser eterno, auto existente é aquele que tem o poder, em e por si mesmo. Não recebe sua existência ou seu ser de algo antecedente a si mesmo. Tem sua própria existência. E por ter sua própria existência, a tem eternamente. Nunca existiu momento em que esse ser auto existente não tenha existido. Se houve momento em que esse ser auto existente não tenha existido então ele não seria auto existente; teria sido criado por outra coisa. Um ser auto existente é, por definição, um que tenha sempre existido.

Foi assim que Deus se revelou com seu sagrado nome para Moisés no deserto midianita. Moisés via que a sarça ardia, mas não se consumia, e ouviu uma voz falando com ele, chamando-o pelo nome, dizendo: “Moisés, Moisés!... tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Ex. 3:4-5). Então Moisés fez uma grande pergunta: “Quem és tu?”. E Deus lhe respondeu dizendo seu sagrado nome, o nome pelo qual é conhecido por todas as gerações: “EU SOU O QUE SOU” (v.14).

Não “eu fui” ou “eu serei” ou “eu estou em processo de estar mudando e tornando”, mas “EU SOU O QUE SOU”. Ele usa o verbo “ser” no tempo presente. Esse é o nome de Deus, o que cuja existência é sempre presente, eternamente presente e eternamente imutável, sem cuja existência nada poderia existir.

terça-feira, 11 de março de 2014

O que a Bíblia diz sobre... casamento?




A Bíblia fala muito sobre o casamento. Livros e mais livros têm sido escritos analisando todo tipo de texto relacionado a este assunto, e todas as formas de aplicações práticas de tais passagens bíblicas. Aqui, quero me deter no coração da questão, que é o conceito bíblico do matrimônio. Assim, a pergunta mais precisa seria “O que a Bíblia diz sobre O QUE É casamento”. Para isso, não há melhor texto do que Gênesis 2:24, que diz:
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Este texto faz parte do contexto maior da narrativa da criação de Deus. Os capítulos 1 e 2 descrevem todo o processo da obra da criação. À partir do capítulo 3, o assunto muda. E aqui está o primeiro e mais importante ensino bíblico sobre o casamento: ele é uma invenção de Deus. Não foi o homem quem inventou o casamento, foi Deus. Deus quem idealizou e concedeu aos homens e mulheres o privilégio desta instituição. Por isso, quem melhor poderia nos dizer o que é o casamento, senão o seu inventor?
Este pequeno trecho bíblico é exatamente isto, Deus nos dizendo o seu conceito de casamento. Note que o escritor de Gênesis para de contar uma história usando verbos no passado, e profere um ensino no tempo presente. Ele não diz “por isso deixou...”, mas “Por isso, deixa... se une”. Ele usa verbos no presente porque não quer mais contar uma história, mas transmitir um conceito. Que conceito? O conceito do casamento. Vamos analisa-lo, então.
Veja, em primeiríssimo lugar, que o casamento é uma união de um homem e uma mulher. Esta é a essência do matrimônio, a união de duas pessoas. Por isso, o casamento envolve também uma separação, a dos pais. O homem, e consequentemente a mulher, precisa se separar fisicamente e psicologicamente de seus pais, e unir-se também fisicamente e psicologicamente à sua esposa. Ou seja, eles, o homem e a mulher, deixarão de serem filhos em primeiro lugar, para serem marido e mulher.
O casamento é, assim, a criação de uma nova família. É a constituição de um novo lar, uma nova casa. Não é apenas quando o casal tem filhos que se inicia uma família. O casal já é uma família. É isso que se quer dizer com “deixar pai e mãe e unir-se”. Por isso, embora seja fundamental e indispensável o reconhecimento social do matrimônio, é no momento em que o casal une-se em uma nova casa, formando uma nova família, que o casamento acontece.
Em segundo lugar, o texto nos ensina que o casamento também é um “tornar-se uma só carne”. Embora a expressão “uma só carne” seja usada em outro lugar na Bíblia como uma referência à relação sexual (1 Co 6:16), aqui ela tem um sentido bem mais abrangente, que inclui a relação íntima. O sentido aqui é de uma união total e indissolúvel. Como sabemos disso? Pela interpretação de Jesus desse texto. Veja o que ele diz em Mateus 19:4-6:
Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
Note que a compreensão de Cristo desta expressão “tornar-se uma só carne” é de uma união feita diante de Deus e que é tão forte e sagrada que o homem não deve intencionar em desfazê-la. Portanto, tornar-se uma só carne com alguém é promover uma integração total com o cônjuge, de forma que os dois terão tudo em comum, como mesma casa, mesma renda, mesmos filhos, mesmos planos, mesmos prazeres sexuais.
Em resumo, o casamento pode ser definido como a união, diante de Deus, de um homem e uma mulher, para constituir uma nova família, por meio de uma integração total de suas vidas. É isso o que a Bíblia diz sobre o que é o casamento. Com base nisso, precisamos tirar algumas implicações.
1)    Deus proíbe a poligamia. Deus criou uma esposa para Adão, e disse que o homem deveria unir-se à sua mulher. Por isso, o casamento deve ser entre apenas um homem e uma mulher.
2)    Deus proíbe a homossexualidade. O relacionamento conjugal, incluindo o sexual, deve ser entre pessoas de sexos distintos. A homossexualidade é uma deturpação do plano original de Deus.
3)    O casamento é o ambiente estipulado por Deus para a união do homem com uma mulher. Uniões comuns hoje, como “morar juntos”, ou manter relações sexuais fora do casamento, também são deturpações do plano inicial de Deus. Apenas o casamento é o ambiente permitido por Deus para que um casal se una, e, além disso, é o único ambiente seguro para isso.
4)    Deus não deseja que o casamento termine. Muito embora o divórcio tenha sido permitido na Bíblia em pouquíssimas exceções, a união matrimonial precisa ser encarada como indissolúvel. Casais em crise devem sempre procurar resolver seus problemas e jamais considerar a separação como opção.
5)    A interferência de terceiros no casamento sempre é prejudicial e proibida por Deus. Se o casamento é a união de um homem e uma mulher, a matemática dita que seja a união de duas pessoas. Por isso, formas de inclusão de uma terceira pessoa na relação são proibidas por Deus. Uma destas formas é o adultério, onde uma terceira pessoa interfere na união íntima do casal. Outra forma é a interferência de familiares, ou de amigos do casal, ou até mesmo de irmãos da igreja, tornando-se parte integrante da relação conjugal, exercendo papeis que deveriam ser exercidos pelo marido ou pela esposa. É exatamente por isso que se recomendam coisas como não permitir, salvo raríssimas exceções, que familiares morem com o casal; ter amigos em comum; desenvolver lazeres e programas que envolvam o cônjuge. Tudo o que prejudica a união inviolável do casamento deve ser evitado. E tudo o que promova, deve ser aproveitado.
6)    Não são os filhos a essência da família, mas o casal. É comum vermos pais e mães que consideram os filhos as pessoas mais importantes de suas vidas. Não deve ser assim. Filhos vem, e devem ir. Filhos devem deixar seus pais para formar novas famílias, mas o marido e a esposa nunca devem deixar um ao outro. Por isso, o núcleo do casamento é o casal. E deixe-me dizer uma coisa: seus filhos vão gostar muito de ver que você ama mais ao seu papai ou a mamãe dele do que a ele mesmo. Não há nada melhor para um filho do que pais que se amam.
Este é o conceito bíblico do casamento. Meio antiquado para os nossos dias. Mas certamente é o único modelo que realmente funciona e, mais importante ainda, é o único modelo que glorifica a Deus.

Pr. Antônio Neto

Fonte: Igreja Batista Luz do Mundo

segunda-feira, 10 de março de 2014

O Perigo de ‘Tomar Posse da Bênção’




Mas logo se esqueceram do que ele tinha feito e não esperaram para saber o seu plano. Dominados pela gula no deserto, puseram Deus à prova nas regiões áridas. Deu-lhes o que pediram, mas mandou sobre eles uma doença terrível(Salmo 106.13-15).

O antigo pecado da reclamação a Deus ganhou nova roupagem: “Tomar posse da bênção”. E se o leitor é simpático a essa expressão tão difundida pelas pregações irreverentes e triunfalistas de várias igrejas, especialmente as pentecostais, tome cuidado — a começar pela leitura desta pastoral.

Antes que alguém me pergunte, esta pastoral não é sobre aquele litro de leite que você comprou e estava azedo. Para esse tipo de reclamação, que não é pecado, há o Código de Defesa do Consumidor e outras organizações que o ajudarão caso uma conversa rápida com o gerente da mercearia não lhe garanta um novo litro de leite fresco ou até mesmo dois litros como cortesia da casa!

Todavia, o pecado da reclamação contra Deus é real, frequente, perigoso e todos os cristãos devem estar cientes das causas e consequências dessa transgressão que sobe às narinas de Deus com odor pior que o de leite azedo. Logo, o objetivo desta pastoral é fornecer um breve guia prático para sermos um povo que apenas “clama” a Deus.

O texto base que se encontra no Salmo 106 mostra como os israelitas cometeram o pecado da reclamação contra Deus após terem sido libertos do Egito e ao enfrentar algumas dificuldades na peregrinação no deserto até Canaã. Como todos temos nossos “desertos” vez por outra, é exatamente nessa circunstância que somos mais tentados a cometer o pecado da reclamação contra Deus.

Em primeiro lugar, deve-se evitar a causa desse pecado que começa com sua primeira etapa: o esquecimento (v.13a) dos benefícios que Deus traz aos salvos, mesmo quando isso tem um alto preço. Afinal, “aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” (Rm 8.32). Deus permanece atento às nossas mais íntimas necessidades, mas ele administrará sua graça, soberanamente, de acordo com o seu propósito, não o nosso (Rm 8.28). Jamais podemos nos esquecer desses fatos, nem das provas que já recebemos disso.

Portanto, se o crente não tiver seu coração ancorado à rocha de Romanos 8.28-32, ele entrará rapidamente na segunda etapa: a impaciência (v.13b). Nessa etapa, seu coração vacilante inicia o processo de inquietação irreverente, dando amplo espaço para a ansiedade impulsionada pelos desejos do coração. Tão logo a segunda etapa é concluída, a terceira e última etapa se instala: ser dominado pelos desejos (v.14a) de seu coração. Durante essa etapa, frases piedosas como “seja feita a sua vontade e não a minha” costumam incomodar muito o crente e podem até ser úteis na identificação da etapa que antecede a “tomada da bênção”, ou melhor, o pecado da reclamação.

Cumpridas as três etapas, o crente é, então, lançado na rebelião contra Deus disfarçada de fé. E Satanás, astuto como é, consegue promover esse pecado até mesmo durante o tempo reservado à adoração a Deus: o culto. Não raro essa etapa ocorre durante cultos dominicais ou “cultos especiais” realizados em outros dias da semana por falsos mestres ou pregadores entorpecidos pela ignorância bíblica. Nesses cultos, as pessoas mostram uma rebeldia dissimulada, tomando posse das bênçãos ou as reivindicando, como se fossem senhores da graça divina.

Consumada a “tomada da bênção”, o crente volta para casa satisfeito com seus atos. Mas agora é tarde demais, infelizmente. A insurgência e rebelião disfarçada de piedade já chegou aos ouvidos de Deus que disciplinará o seu povo até que aprenda a nunca entrar na primeira etapa: o esquecimento dos benefícios que a graça sacrificial do Senhor trouxe aos salvos.

Durante a fase final — o juízo — há dois possíveis desfechos: o juízo direto ou a bênção seguida de juízo que pode ser interpretada como uma pseudobênção. Todavia, é na segunda hipótese — a da pseudobênção seguida de juízo — que os crentes que desconhecem a Palavra de Deus ficam mais perplexos: exigem de Deus a chuva para sua horta, Deus os atende enviando os primeiros pingos que caem molhando toda a terra e, após algum tempo, surge no horizonte o vendaval que destruirá não só sua horta, mas sua casa.

Antes de “tomar posse da bênção”, tome cuidado. Deus não deixará seus reclamantes irreverentes sem resposta.

Ev. Leandro Boer

sexta-feira, 7 de março de 2014

Feminilidade e o papel da mulher





A Mulher Virtuosa de Provérbios




Como ser uma dama cristã? Uma mulher de Deus? Uma mulher virtuosa? Provérbios nos ajuda com alguns conselhos:
A importância da mulher virtuosa
Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. (Provérbios 31:10)
Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR. (Provérbios 18:22)
A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos. (Provérbios 12:4)
Teme ao Senhor
Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada. (Provérbios 31:30)
Não é briguenta e amargurada e reclamona
É melhor morar num canto de telhado do que ter como companheira em casa ampla uma mulher briguenta. (Provérbios 21:9)
É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça. (Provérbios 21:19)
O gotejar contínuo em dia de grande chuva, e a mulher contenciosa, uma e outra são semelhantes; (Provérbios 27:15)
Melhor é morar só num canto de telhado do que com a mulher briguenta numa casa ampla. (Provérbios 25:24)
É construtiva e não destrutiva
Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos. (Provérbios 14:1)
Guarda sua honra
A mulher graciosa guarda a honra como os violentos guardam as riquezas. (Provérbios 11:16)
É discreta
Como jóia de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não tem discrição. (Provérbios 11:22)
Não é exibida, sedutora (para os de fora) e ignorante
A mulher louca é alvoroçadora; é simples e nada sabe. (Provérbios 9:13)
Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada. (Provérbios 31:30)
É prudente
A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente. (Provérbios 19:14)
É fiel
O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal! (Provérbios 30:20)
Assim, o que adultera com uma mulher é falto de entendimento; aquele que faz isso destrói a sua alma. (Provérbios 6:32)
Satisfaz seu marido
Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. (Provérbios 5:18)
Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente. (Provérbios 5:19)
[Via]

quinta-feira, 6 de março de 2014

Frágil, Eu? - Norma Braga





domingo, 2 de março de 2014

Você Pergunta...A Bíblia Responde#33





A que mandamentos João se referia em Apocalipse 12:17 e 14:12?


Sempre é importante lermos a Bíblia, a luz de seu contexto, e de modo geral estes dois versículos, se referem a momentos de perseguição aos crentes, onde eles serão distintos por suas características, e que apesar do livro do Apocalipse ter muitas predições futuras, estas características pode muito bem se aplicar também aos nossos dias.

Vemos duas coisas importantes nestas passagens citadas por você:
1- Apocalipse 12.17- ...os mandamentos de Deus..testemunho de Jesus. A verdade revelada de Deus e de Cristo contida na Bíblia. Obediência á palavra de Deus sempre caracteriza  o crente genuíno (Jo 8.32).

2- Apocalipse 14.12-... os que guardam os mandamentos de Deus. Esta é uma boa base as Escrituras para afirmar a doutrina da perseverança dos verdadeiros crentes em Jesus, os regenerados perseverarão continuamente, até o final, em obediência a verdade, não importa o que possa vir contra eles (Fp1.6, Mt 24.13, Jo 6 35-40, Jo 10. 27-30), de maneira geral estes mandamentos são referência a obediência a verdade, ou viver de acordo com a palavra de Deus, com o depósito de sua fé em Jesus e isto será manifesto pelo desejo de obediência a Bíblia, um crente regenerado, desejará viver para glória de Deus (1 Co10.31).

Veja o ensino sobre esta preciosa doutrina da perseverança dos santos:

http://www.respirandodeus.blogspot.com.br/2013/02/perseveranca-dos-santos.html

De modo geral, podemos ver os mandamentos como ordens de obediência aos ensinos revelados de Deus nas Escrituras.

Nas palavras do Senhor Jesus:

Se me amais, guardai os meus mandamentos.  João 14.15


Em Cristo