Oi meus irmãos peço por gentileza se poderem me esclarecer sobre a chamada inquisição protestante, ela realmente existiu, se existiu usou os mesmos métodos da igreja católica.Pois em uma conversa com um católico ele acusou o protestantismo de inquisidor, como uma via de escape. Realmente essa parte da história protestante existe, eu não sabia por gentileza vcs que já me ajudaram tanto esclareçam essa dúvida.
Olá!
Primeiramente gostaria de incentivá-lo a estudar quando você puder
da história da Igreja, existem diversos livros muito bons.
Aprendemos que a maioria dos erros de doutrina de nossos dias não
é novidade, sempre é o mesmo inimigo de roupas novas. Sobre a sua
pergunta, sugiro que você peça que a pessoa que sugere este
"título" que ficou caracterizado na história pela perseguição da
Igreja Católica Romana, explique o que ela quer dizer com
inquisição protestante.
Se ela estiver se referindo a alguns momentos isolados em que
protestantes também perseguiram outros por diversos motivos, de
fato existiram. Entre estes perseguidos existiram os anabatistas,
que foram perseguidos por diferenças em sua doutrina, mas foram
perseguidos tanto por protestantes como católicos e não poderiamos
citar estes fatos isolados como o mesmo sistema da inquisição.
A grande diferença deve ser vista do ponto institucional, a
Inquisição sempre foi orquestrada de maneira institucional em nome
da Igreja Católica para todos aqueles que não se submetiam ao
clero, que constituia um tribunal para julgar de acordo com a Lei
Romana para investigar e punir a heresia que eles consideravam,
enquanto que nos casos do protestantismo foram casos particulares
e isolados, não podendo ser atribuídos a todo movimento da reforma
protestante, até mesmo porque protestantes nunca tiveram autonomia
para isso, bem diferente do ponto de vista católico. Veja esta
citação de um historiador católico sobre o protestantismo:
Paul Johnson, um historiador britânico,
católico conservador e anti-comunista , assim se refere aos
Protestantes. Eis sua citação completa:
"Os Estados
protestantes tendem a ser os principais beneficiários desta
série internacional de movimentos religiosos. Eles poderiam
ter uma religião oficial, mas tendem a ser mais tolerantes.
Raramente empreendiam perseguição sistemática. Não havia neles
o equivalente a inquisição. Eles não eram clericalistas.
Permitiam que os livros circulassem com mais liberdade. Não
abusavam o comercio com o direito canônico. Eles aceitaram a
religião "privada" e colocaram o casamento e a família, no
meio da mesma. Portanto, melhor se harmonizavam em uma
comunidade capitalista. Em última análise, as sociedades
protestantes apareceram para alcançar muito mais sucesso do
que a católica, na medida que se desenvolvia o sistema
capitalista. Esta questão já foi observado em 1804 por Charles
de Viller em seu Charles de Viller en su Essai sur l'esprit et
l'influence de la réformation de Luther".(Paul Johnson, A History of Christianity,
pag 282-283. Traducão: Aníbal Leal e Fernando Mateo, Edição 1:
Setembto 2010)".
Outras vezes, quando querem falar sobre Lutero, distorcidamente
(talvez fosse o caso que ele estava lhe falando) citam o episódio
abaixo fora do contexto:
“Em 1524, eclodiu nos
territórios do Império uma gigantesca rebelião camponesa. Bandos
armados compostos de cerca de trezentos mil camponeses saquearam
igrejas, castelos e cidades. Lutero, depois de tentar
inutilmente uma mediação, escreveu o tratado Contra os bandos
arruaceiros e assassinos dos camponeses, uma espécie de carta
aberta aos príncipes alemães pedindo para conter os rebeldes.
"Esta é a época da ira e da espada, não a da graça [...] Por
isso, caros senhores [...] matem, esganem, estrangulem quem
puderem [...] e se alguém julgar tudo isso duro demais, pense
que a sedição é insuportável e que a cada momento é preciso
esperar a catástrofe do mundo." (David
Christie-Murray, op. cit, p. 202.
Então nenhum dos acontecimentos por parte dos protestantes
pode ser considerado no nível da inquisição católica, muito embora
tenham existido erros no passado, o que nós protestantes não temos
dificuldade nenhuma em admitir, no entanto nossa submissão esta
debaixo da Bíblia e não de autoridade papal ou da tradição.
De qualquer maneira o ponto que devemos ter claro é de que não
devemos levar o cristianismo a luz dos erros de pessoas ao longo
da história, quer por parte da Inquisição em seus desdobramentos,
quer com os erros dos protestantes. Em outras palavras, afirmar
que o catolicismo ou o protestantismo é melhor baseado em quem
perseguiu mais ou menos. O ponto é que a única regra de vida deve
ser a Bíblia, é nisso que os católicos romanos se distanciam
principalmente da movimento da Reforma Protestante. Sempre leve as
conversas com relação ao que a Bíblia diz sobre a salvação,
conduta e fé.
Nestes pontos é que existe grande diferença de entendimento.
Enquanto os reformadores desenvolveram de forma mais completa o
ensino bíblico de salvação pela fé somente, autoridade da
Escritura, os católicos distorcem o ensino da salvação pelas obras
levando a praticamente a heresia do universalismo onde ensinam que
todos terão um tempo de purgatório para sua salvação e ao invés de
se basearem somente na autoridade das Escrituras que não é
passível de engano, eles depositam sua confiança na tradição da
Igreja. Estas coisas realmente estão em grande desacordo com o
ensino bíblico.
Os historiadores mais conceituados, reconhecem que existiram
vários casos de perseguição que permearam a reforma protestante,
mas nada que representasse o equivalente aos estruturados
tribunais inquisitoriais católicos. Mas novamente, essa é uma
prova de como o homem é pecador e necessitado de um salvador e
nossa regra de fé e prática deve vir das Escrituras e nisso os
pontos vitais da fé cristã são muito distantes entre os católicos
e protestantes.
Isso mesmo Pr. tudo explicado referente a esse asunto que muitos fazem um bicho, abracos. JONAN
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