quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cristianismo diluído


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Temos ouvido muitos tipos de evangelhos e muitos tipos de cristos sendo pregados por aí, muitos deles diluídos em muita água com açúcar para não constranger pessoas sensíveis e delicadas e com isso afastar essas pessoas das igrejas.

O verdadeiro Evangelho sempre vai nos mostrar o quão pecadores nós somos, o quão depravados estamos em nosso relacionamento com o Deus criador. Mostra o quanto Deus é Santo e quanto nós necessitamos de um Salvador.

Segue abaixo alguns pontos que podem nos levar a identificar esses cristianismos diluídos, onde Jesus não é o principal tesouro, onde o homem é mais honrado e glorificado, esse cristianismo que não levará ninguém para uma eternidade com Deus. Existem pessoas pregando e existem pessoas vivendo esse falso evangelho.

Esses pontos à seguir não estão em ordem de importância e nem são todos os que poderia descrever, mas serve como uma boa amostra para nos alertar contra esse engano.

Esse cristianismo diluído é:

- Um cristianismo onde não é necessário mudar de vida.

Nessas igrejas não é falado sobre o novo nascimento (Jo 3:7), não é falado sobre regeneração e santificação. Santificação como uma obra constante e ininterrupta. Que é necessário progredir em santidade diariamente e que se estamos estagnados, então não estamos em Cristo.
Esse cristianismo permite que eu viva, ou continue vivendo, do meu jeito, seguindo os meus próprios conceitos e guiado pelo meu próprio coração. A Bíblia não é a norma de conduta e referência para esses.

- Um cristianismo onde o pecado é tolerado.

Nesses lugares o pecado não é tratado. É possível conviver com ele, o fato de sermos pecadores por herança é carta branca para não haver disciplina e nem busca por santificação.

O pecado não constrange, não há arrependimento genuíno, não há uma luta contra ele.


- Não há interesse pelos atributos de Deus.

Não há estudo nem interesse sobre os atributos de Deus, nesses lugares o amor e a misericórdia de Deus são maiores que a santidade e a justiça. Os atributos tem tamanhos diferentes, como se Deus fosse homem e se moldasse conforme as circunstâncias.

Não há desejo em saber sobre a soberania, sobre a santidade, sobre a onisciência ou sobre qualquer outro atributo da natureza de Deus.

- Onde não há comunhão com Deus.

Da mesma maneira que não existe desejo de conhecer esse Deus, não há desejo em ter comunhão com Ele, não há desejo em conhecer as Escrituras, em estudar a Palavra de Deus. Existe uma clara preferência por “novas revelações”, por receber palavras entregues por outras pessoas, ignorando por completo a autoridade das Escrituras.

Não há desejo em conversar com Ele, afinal de contas como conversar com alguém que não conheço?

- Onde posso torcer as verdades do Evangelho para o meu próprio proveito.

Usar texto fora do contexto é algo normal, afinal de contas não há um desejo em conhecer e estudar a Bíblia. Portanto, ignoram a história da igreja, os pais da igreja, ignoram os reformadores, aqueles que batalharam pela sã doutrina.

- Um cristianismo onde eu me justifico e não Cristo.

“Eu sou uma boa pessoa, eu frequento a igreja todo o domingo. Nunca vou ser perfeito.” Essas são as justificações de um cristão diluído. Eu sempre tenho uma justificativa para não estar progredindo em santidade, em comunhão e conhecimento.

O Cristão verdadeiro a cada passo que e ele se aproxima de Cristo ele percebe o quanto ele necessita de um salvador, o quão pecador e miserável ele é. Para esse, é Jesus quem o justifica e não desculpas esfarrapadas, tentando se comparar aos outros em seu estado moral.

- Onde o deus do homem é o próprio ventre. (Rm 16:18)

Uma igreja humanista, onde o homem é o centro, todas as coisas nesse local giram em torno do ser humano e não de Deus.

Prosperidade, cura, milagres, dons onde o homem é exaltado como um ser especial e super espiritual. Qualquer pessoa naturalmente quer essas coisas, isso explica o super crescimento do evangelho da prosperidade e outras tanta aberrações do mundo “gospel”.

- Um cristianismo onde a idolatria é permitida.

Sim, qualquer deus criado pelo homem em seu coração que não seja o Deus da bíblia, é uma imagem, um ídolo como qualquer outro.

Se você adora um deus que não conhece, que não se aplica a conhecer, então você é obrigatoriamente um idólatra. Paul Washer em uma das suas pregações, certa vez falou, que o domingo reúne o maior número de idólatras juntos nos cultos evangélicos pelo mundo afora. Pessoas que adoram um deus desconhecido para elas.

- Onde o amor ao mundo é permitido.

Semelhantemente a semente plantada entre os espinhos (Mt 13:22), o amor ao mundo, o amor às riquezas sufoca o crescimento espiritual das pessoas. O pior é que esse amor pelas coisas que o mundo oferece são muitas vezes até incentivadas por pessoas cujos objetivos estão apenas em crescimento financeiro, numérico e conquista de poder.

- Onde o sofrimento é culpa de falta de fé ou pecado, e nunca é Deus refinando o caráter.

Uma pessoa que está passando por alguma dificuldade é acusada de ter pouca fé, de não “determinar” as bençãos de Deus, de estar em algum tipo de pecado.

Não passa pela cabeça dessas pessoas que todo cristão autêntico é coparticipante dos sofrimentos de Cristo. Que Cristo nos disciplina como filhos a quem Ele ama.

- Onde o que guarda os mandamentos é considerado legalista.

Onde o que guarda os mandamentos até mesmo nas coisas consideradas simples, ou sem importância, como um “gato” da net, comprar um filme pirata, sonegar imposto de renda, entre tantas outras coisas, é acusado de ser legalista ou justo em demasia.

- Onde não há amor e serviço pelas pessoas.

Igrejas onde as pessoas são contadas como gado, por cabeça. Não existe amor, oração pelas vidas, os líderes são servidos e não servos do povo, bem diferente do exemplo deixado pelo nosso Senhor.

- Onde a Bíblia não é a Palavra de Deus.

Esquecem do Sola Scriptura, a bíblia não é inerrante, infalível e muito menos é a Palavra de Deus revelada. Podem até dizer que consideram essas coisas, mas a vida dessas pessoas e as atitudes dessas igrejas provam totalmente o contrário.

- Onde é possível servir a dois ou mais senhores.

Lugares onde é possível continuar vivendo para o mundo e ter uma religião semanal para me dar o conforto necessário. A igreja nesses casos é um anestésico levando as pessoas para o inferno sem causar nenhum tipo de dor. A segurança da salvação nesses lugares é depositada em uma oração repetida.

O deus desses é a cereja do bolo, serve como objeto de decoração para dar um toque especial em suas vidas, mas só serve de enfeite para sua falsa segurança.

- Onde as pessoas abandonam a Igreja para conquistar o mundo.

Comumente vemos pessoas abandonando esses lugares e voltando às suas vidas normais como se nada houvesse acontecido. Apenas comprovando o que Pedro disse em 2Pe 2:22 “… O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.”


Façamos com humildade uma reflexão sobre o nosso cristianismo, não podemos errar sobre isso. Temos que servir ao Deus verdadeiro, ao único Deus. Caso contrário serviremos à deuses estranhos e seremos julgados e condenados por isso.

Que Jesus nos ajude.

Fernando.

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