Se
as línguas estranhas do movimento carismático e pentecostal é
falsa, o que
dizer sobre as crianças que
falam também?
Devemos
ter nossas vidas estabelecida sobre a Palavra de Deus, a Bíblia deve
ser nossa regra de fé e prática. Isso tanto no nível pessoal como
no nível eclesiásticos. O que deve ser normatizador da conduta de
uma igreja é a Bíblia.
Esse
foi o grande ponto da reforma protestante o conceito de sola
scriptura. Leia mais sobre sola scriptura aqui:
http://www.gotquestions.org/Portugues/sola-scriptura.html
Tendo
o conceito de que somente as Escrituras são autoridade de fé e
prática dos cristãos, toda e qualquer prática, seja pessoal ou em
igreja, devem estar de acordo com a Palavra de Deus. O fato de uma
criança supostamente falar uma língua estranha jamais deve ser
validador de uma prática, no caso aqui o “falar em línguas
estranhas”. Até porque as crianças são muito mais suscetíveis e
influenciáveis a imitar, ou seguir outras pessoas do que
propriamente um adulto.
Devemos
ver o que a Bíblia diz sobre o dom de línguas para assim
compararmos com o que está ocorrendo em determinado local, para aí
sim, podermos determinar se algo procede ou não da parte de Deus.
Vejamos
então o que a Bíblia nos diz sobre o dom de línguas:
A
primeira ocorrência de falar em línguas ocorreu no Dia do
Pentecostes em Atos 2:1-4. Os apóstolos saíram e compartilharam o
Evangelho com as multidões, falando a elas em suas próprias
línguas, “Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas
próprias línguas falar das grandezas de Deus” (Atos 2:11). A
palavra grega traduzida “línguas” significa literalmente
“idiomas”. Por esta razão, o dom de falar em línguas é falar
em uma língua que não se sabe falar a fim de ministrar a uma outra
pessoa que fala esta língua. Em I Coríntios capítulos 12-14, onde
Paulo discute os dons milagrosos, ele faz o seguinte comentário: “E
agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos
aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da
ciência, ou da profecia, ou da doutrina?” (I Coríntios 14:6). De
acordo com o Apóstolo Paulo, e de acordo com as línguas descritas
em Atos, falar em línguas é de grande valor para o que ouve a
mensagem de Deus em seu próprio idioma, mas de nada serve para os
demais, a não ser que haja uma interpretação, ou tradução.
A pessoa com o dom de interpretar línguas (I Coríntios 12:30) poderia entender o que uma que fala as línguas estivesse dizendo mesmo que ela não soubesse a língua sendo falada. O intérprete de línguas então comunicaria a mensagem do que fala línguas a todos os demais, e todos poderiam entender. “Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar” (I Coríntios 14:13). A conclusão de Paulo a respeito de línguas não interpretadas é poderosa: “Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (I Coríntios 14:19).
A pessoa com o dom de interpretar línguas (I Coríntios 12:30) poderia entender o que uma que fala as línguas estivesse dizendo mesmo que ela não soubesse a língua sendo falada. O intérprete de línguas então comunicaria a mensagem do que fala línguas a todos os demais, e todos poderiam entender. “Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar” (I Coríntios 14:13). A conclusão de Paulo a respeito de línguas não interpretadas é poderosa: “Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (I Coríntios 14:19).
Fica
claro na bíblia que as línguas são “estrangeiras”, muito
diferente do que temos visto pelas igrejas no movimento carismático.
Mas, digamos que esse dom esteja presente realmente nesse movimento,
então eles devem seguir as instruções bíblicas sobre como
utilizar esse dom no culto público.
Quais
orientações a bíblia nos da acerca desse dom? A bíblia diz que
seria uma linguagem real e inteligível (I Coríntios 14:10). Seria
para o propósito de comunicar a Palavra de Deus com uma pessoa de
outra língua (Atos 2:6-12). Estaria de acordo com a ordem dada por
Deus através do Apóstolo Paulo: “E, se alguém falar em língua
desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por
sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja
calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus” (I Coríntios
14:27-28). Estaria também em submissão a I Coríntios 14:33:
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em
todas as igrejas dos santos.”
Deus certamente pode dar à pessoa o dom de falar em línguas para capacitá-la a se comunicar com uma pessoa que fala uma outra língua. O Espírito Santo é soberano na distribuição de dons espirituais (I Coríntios 12:11). Imagine só quanto mais produtivos poderiam ser os missionários se não precisassem frequentar uma escola de idiomas, e seriam instantaneamente capazes de falar a outros povos em seus próprios idiomas. Entretanto, parece que Deus não está agindo assim. As línguas não estão ocorrendo hoje em dia da maneira como ocorriam no Novo Testamento, apesar de que seria imensamente útil. A vasta maioria dos crentes que afirmam praticar o dom de falar em línguas não o faz de acordo com as passagens das Escrituras mencionadas acima. Este fato leva à conclusão de que o dom de línguas já cessou, ou é, pelo menos, raro nos planos de Deus para a igreja de hoje.
Sobre
o debate acerca dos dons eu sugiro esse texto:
http://www.respirandodeus.com.br/2012/12/cessacionismo-x-continuismo.html
Que
Deus te abençoe.