quinta-feira, 9 de junho de 2016

Por que Deus permitiu tantas guerras no AT?... A Bíblia Responde #94


Em Efésios 6:12 a Palavra diz que a nossa luta não é contra pessoas mas contra fortalezas espirituais do mal. Como se trata de um mesmo Deus, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, porque este pensamento não foi atribuído nem utilizado no Velho, já que nele vemos frequentemente guerras sangrentas e alvos conquistados sob frequente lutas e batalhas entre pessoas? Gostaria de entender isso. Deus abençoe!

Olá querida irmã. O contexto desse texto conhecido como “A armadura de Deus” é sobre a luta travada por todo crente contra satanás e seus demônios, o que o apóstolo Paulo quer dizer é que nossa luta contra o diabo não é física (carne ou sangue) e sim uma luta espiritual e, portanto, nenhuma arma física pode ser usada efetivamente contra eles.

Ou seja, a Palavra de Deus não está, nesse texto, dizendo que não devemos travar guerras contra outras pessoas até porque Deus frequentemente ordenou que os israelitas fossem à guerra contra outras nações (1 Samuel 15:3; Josué 4:13). Deus ordenou a pena de morte para diversos crimes (Êxodo 21:12; 21:15; 22:19; Levítico 20:11). Então, Deus não é contra matar em todas as possíveis circunstâncias, mas apenas contra o assassinato premeditado. A guerra nunca é uma boa coisa, mas às vezes é necessária. Em um mundo cheio de pessoas pecadoras (Romanos 3:10-18), a guerra é inevitável. Às vezes a única forma de evitar que pecadores causem dano ainda maior a pessoas inocentes é através da guerra.

No Antigo Testamento, Deus ordenou aos israelitas: “Vinga os filhos de Israel dos midianitas” (Números 31:2). Deuteronômio 20:16-17 declara: “Porém, das cidades destas nações que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida tudo o que tem fôlego. Antes, como te ordenou o SENHOR, teu Deus, destruí-las-ás totalmente...” Além disso, 1 Samuel 15:18 diz: “Enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até exterminá-los.” Obviamente, Deus não é contra toda a guerra. Jesus está sempre em perfeito acordo com o Pai (João 10:30), de modo que não se pode argumentar que a guerra era a vontade de Deus apenas no Antigo Testamento. Deus não muda (Malaquias 3:6, Tiago 1:17).

A Segunda Vinda de Jesus também será muito violenta. Apocalipse 19:11-21 descreve a guerra final com Cristo, o comandante conquistador que julga e faz guerra "com justiça" (v. 11). Vai ser sangrenta (v. 13). Os pássaros vão comer a carne de todos aqueles que se opõem a Ele (v. 17-18). Ele não tem compaixão dos seus inimigos, os quais serão conquistados completamente e entregues a um "lago de fogo que arde com enxofre" (v. 20).

É um erro dizer que Deus nunca apoia uma guerra. Jesus não veio para acabar com as guerras. Em um mundo cheio de pessoas más, às vezes a guerra é necessária para evitar um mal ainda maior. Se Hitler não tivesse sido derrotado na Segunda Guerra Mundial, quantos milhões de judeus a mais teria ele matado? Se a Guerra Civil Americana não tivesse ocorrido, por quanto mais tempo os afro-americanos teriam que sofrer como escravos?

A guerra é uma coisa terrível. Algumas guerras são mais "justas" do que outras, mas a guerra é sempre o resultado do pecado (Romanos 3:10-18). Ao mesmo tempo, Eclesiastes 3:8 declara: "Há tempo... de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." Em um mundo cheio de pecado, do ódio e do mal (Romanos 3: 10-18), a guerra é inevitável. Os cristãos não devem desejar a guerra e nem devem se opor ao governo que Deus estabeleceu como a sua autoridade (Romanos 13:1-4, 1 Pedro 2:17). A coisa mais importante que podemos fazer em um tempo de guerra é orar por sabedoria divina para os nossos líderes, pela segurança de nossos militares, pela resolução rápida de conflitos e por um número mínimo de vítimas civis em ambos os lados (Filipenses 4:6-7).

Que Deus te abençoe.

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