segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mais santidade de Vida




Co-participantes da natureza divina. '
2 Pedro 1.4

Evidentemente, ser um participante da natureza divina não significa tornar-se Deus. Isto é impossível. A criatura não pode ser participante da essência da Divindade. No que diz respeito à essência, tem de haver um abismo entre a criatura e a Divindade. O primeiro homem, Adão, foi criado à imagem de Deus; assim também nós, por intermédio da regeneração do Espírito Santo, somos criados, em um sentido divino, à imagem do Altíssimo, tornando-nos participantes da natureza divina. Somos, pela graça, feitos como Deus. "Deus é amor"; "e todo aquele que ama é nascido de Deus" (1 João 4.16, 7).

Deus é verdade; tornamo-nos verdade e amamos aquele que é verdade. Deus é bom e nos torna bons por sua graça, de modo que nos tornamos os limpos de coração que verão a Deus (ver Mateus 5.8). Ainda mais, tornamo-nos "co-participantes da natureza divina" num sentido ainda mais elevado que este — de fato, num sentido tão sublime quanto pode ser imaginado, quase que absolutamente divinos. Não nos tornamos membros do corpo divina pessoa de Cristo?

O sangue que corre na cabeça é o mesmo que corre nas mãos. A vida que se manifesta em Cristo é a mesma que vivifica o seu povo, "porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Colossenses 3.3). E, se isto não é o bastante, estamos casados com Cristo. Ele nos desposou para Si mesmo, em justiça e fidelidade; e aquele que está unido ao Senhor é um com Ele. Oh! que mistério admirável! Perscrutamos este mistério, mas quem pode compreendê-lo? Um com Jesus — tão unidos a Ele, que o galho de uma videira não pode estar mais unido ao seu tronco como nós fazemos parte do Senhor Jesus, nosso Redentor e Salvador! Enquanto nos regozijamos neste fato, lembremos que todos os co-participantes da natureza divina manifestarão este relacionamento santo e elevado em sua comunhão com os outros. Por meio do falar e do comportamento deles, ficará evidente que escaparam da corrupção das paixões que há no mundo (ver 2 Pedro 1.4). Oh, que tenhamos mais santidade de vida!

Charles H. Spurgeon

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