Olá gostaria de saber existem evidencias arqueológicas de que a cidade de Nazaré existiu no século 1, muitos céticos afirmam que não há evidencia e logo que seria uma farsa a narração bíblica; isto esta correto?
Olá, obrigado pela sua pergunta. A fé cristã sempre foi atacada de diversas maneira e diversas formas, uma delas é através das alegações de falta de evidências arqueológicas. Entretanto nunca, ninguém chamais conseguiu provar que Jesus Cristo não existiu, a ausência de provas arqueológicas não prova que algo não existiu. Portanto, mesmo que não existissem nenhuma prova arqueológica sobre a cidade de Nazaré, isso não provaria que ela nunca existiu.
Por exemplo, temos muito mais evidências arqueológicas para contar a história de Jesus Cristo, do que temos para contar a história do filósofo Platão, mas ninguém nega que Platão de fato existiu.
Vamos nos ater agora a sua pergunta. Segundo os evangelhos, Nazaré foi o lar de Jesus e Seus pais desde o retorno do Egito até mudar-se para Cafarnaum, por volta dos trinta e poucos anos de idade. Seus pais viveram ali antes de seu nascimento e Ele, com certeza, possuía parentes entre os habitantes do vilarejo.
"Nazaré foi uma cidade rural insignificante e pouco conhecida, que nunca reuniu mais de vinte e cinco famílias," corrobora o historiador bíblico, Prof. Ory N. Mazar. "O que nós encontramos, apenas, é que a partir de meados do Séc. I D.C., uma significativa comunidade Cristã começou a emergir na cidade."
Nazaré sequer foi mencionada no Velho Testamento e nunca foi escrito sobre ela pelo historiador do primeiro século, Josefo. O que colaborou para o fato de muitos duvidarem que de a cidade de Nazaré de fato existiu.
Confirmando a insignificância do vilarejo onde viveu Jesus, temos o fato de que nem o Antigo Testamento nem Josefo ou sequer o Talmude, mencionam seu nome em qualquer parte de seus textos. Daí entendermos o comentário de Natanael, preservado por João: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (Jo 1:46).
Depois de séculos de negligência, alguns estudiosos e pesquisadores seculares começaram a desenterrar o que restou da antiga cidade. Eles estão investigando os restos da Nazaré antiga e o que eles descobriram inclui algumas evidências notáveis advindas da comunidade Cristã primitiva daquela cidade.
Uma das descobertas mais intrigantes em Nazaré foi revelada pelo arqueólogo italiano, P. B. Bagatti. Ele encontrou um antigo sepulcro do primeiro século, próximo da moderna Igreja da Anunciação. Isto é, onde a tradição coloca a Anunciação do Arcanjo Gabriel a Maria. (Lc 1:30-33)
De maneira interessante, quando Bagatti começou a investigar a sepultura, ele notou alguns intrigantes símbolos inscritos nas paredes da gruta que incluíam a marca da cruz. Os sinais, "são notavelmente semelhantes aos símbolos achados dentro das catacumbas Cristãs de primeiro século, em Jerusalém, reconhecidas como pertencentes à primeira comunidade Cristã daquela cidade" disse o arqueólogo.
Ao investigar mais a tumba, surpreendentemente, Bagatti achou vários dedicações hebraicas que indicam claramente que a catacumba realmente tinha pertencido a alguns dos inúmeros primeiros cristãos de Nazaré.
Há ainda outra evidência que também parece sustentar a historicidade da cidade de Nazaré. Ao escavar alguns estratos abaixo da antiga igreja bizantina de Nazaré, Bagatti encontrou os alicerces de outra igreja do 3° século, construída no mesmo formato de uma Sinagoga judaica. A presença de símbolos cristãos, como o peixe, certificaram que se tratava de uma estrutura da comunidade judaico-cristã que viveu no local por volta do ano 200.
Hoje, os restos dessa “igreja-sinagoga” e da igreja bizantina posterior podem ser vistos num sítio que se estende desde fora até dentro da moderna Igreja da Anunciação. Alguns estudiosos também acreditam ser ali o local da casa onde morava Maria, mas quanto a essa posição faltam-nos elementos sólidos que permitam uma alegação conclusiva a respeito do assunto.
Existem elementos suficientes para crermos que a Nazaré bíblica existiu conforme os relatos das Escrituras, não existe nenhum elemento forte que prove o contrário.
Em Cristo.
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