quarta-feira, 14 de abril de 2010

Variedade, o Estado da Graça


Spurgeon, na Sword and Trowel

Muitas pessoas estão mentalmente inquietas porque suas experiências de convicção ou de consolo não foram como a de outras pessoas. Eles pensam que não se converteram de verdade porque não sentiram exatamente as mesmas alegrias ou manifestações que tiveram certos santos de quem leram a respeito. Agora, deveriam essas boas pessoas se incomodarem tanto? Pensamos que não. Uniformidade não é a regra de Deus para a obra, seja em natureza ou em graça. Não existem dois rostos humanos exatamente com os mesmos contornos; Esaú e Jacó, filhos da mesma mãe, nasceram no mesmo parto e não poderiam ser tão diferentes. Nem mesmo nas florestas duas folhas podem ser encontradas semelhantes em todos os aspectos. Diversidade é a regra da natureza, e deixe-nos descansar sob a certeza de que a variedade é a regra da graça.

o Sr. Beecher nos deu essa verdade de uma forma muito bonita nas seguintes linhas: "E se Deus comandasse as flores a aparecerem diante dele, e o girassol aparecesse envergonhado por não ser uma violeta e a violeta chegasse se esticando para ser como um girassol, e o lírio quisesse se esforçar para desabrochar como a rosa, e a rosa procurasse formas de ganhar a brancura do lírio, e assim, desprezando o que é, cada um viveria procurando crescer em semelhança aos outros? Deus diria: 'Parem, flores tolas! Dei-lhes suas próprias formas e cores, e cheiros, e desejo que vocês tragam o que receberam. Ah girassol, venha como um girassol; e você doce violeta, venha como uma violeta; deixe a rosa trazer seu desabrochar e o lírio sua brancura'. Percebendo sua tolice, e parando de perde o tempo de que não dispõem, violeta e rosa, lírio e gerânio, anêmona e mignnotte e todo o contingente de flores chegariam cada uma em seu encanto próprio, para lançar seu perfume como incenso, e todas em roda formariam uma guirlanda de beleza sobre o trono de Deus".

Leitores, os santos são um em Cristo Jesus, mas eles não são um em suas peculiaridades. Serjamos quem podemos ser. Se descansamos em nosso Redentor, nossa vida eterna é certa, e se não descansamos nEle, estamos mortos enquanto vivemos. O que é Jesus Cristo para mim? Essa é a questão principal. Se ele é meu tudo, então tudo está bem; se não, eu posso ser muito parecido com um santo, mas um santo eu não sou.


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No. 17.—Sword and Trowel Tracts, by C. H. SPURGEON.—6d. per 100, Post free, 8 stamps.
Passmore & Alabaster, 23, Paternoster Row.

Tradução: Gabriela Brandalise

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