sábado, 13 de julho de 2013

O que posso fazer?






O que podemos chamar de ética?

Ética, é o nome dado ao conjunto de conceitos morais reunidos. Podemos entender também de maneira geral, como regras ou maneira de conduta, de onde tiramos nossos conceitos de certo e errado.

Perguntas surgem desse axioma em relação ao que correto. O que define o certo? Qual o padrão? Para que existam leis, de modo geral, sempre é necessário que exista um legislador, aquele que define estas leis ou regras.

Os sistemas éticos podem ser divididos em duas grandes categorias para evidenciar suas explicações [1]:

Deontológica (centrada no dever) e teleológica (centrada nos meios e nos fins).

Ética deontológica:

1- A regra determina o resultado.
2- A regra é a base do ato.
3- A regra é boa independente do resultado
4- O resultado é sempre calculado dentro das regras

Ética teleológica:

1- O resultado determina a regra.
2- O resultado é a base do ato.
3- A regra é boa por causa do resultado
4- O resultado algumas vezes pode ser usado para quebrar regras.

Existem padrões éticos descritivos e prescritivos:

1- Descritivo e relativo:

1.1- O padrão da ética secular, geralmente é descritiva porque as regras são subjetivas, ou em outras palavras, pragmáticas. As regras não são baseadas necessariamente em uma prescrição, mas sim aquilo que determinará o que é melhor para si e para humanidade, muitas vezes a ética é definida em perspectiva de quantidade (se a maioria faz é porque deve ser o certo).

1.2- O padrão da ética secular é relativa, porque depende de opiniões próprias do indivíduo em determinada ocasião, muitas vezes o fim justifica os meios. Não existem leis morais obrigatórias, estas só podem ser encontrados na medida em que acontecem, o que torna o padrão ético extremamente individualista e subjetivo, porque o homem é a própria causa das regras existentes. Dentre estes sistemas, os mais conhecidos estão o emotivismo, niilismo e situacionismo.

2- Prescritivo e absoluto:

2.1- O padrão da ética cristã é prescritiva, ou seja, ela tem uma norma externa a ela, a Palavra de Deus. Ela se baseia na revelação de Deus, os cristãos não encontram seus deveres éticos em uma padrão de cristãos, mas em um padrão para os cristãos: A Bíblia[2].

2.2- O padrão da ética cristã é absoluta, porque Deus instituiu um padrão através de sua Palavra. Por ser Deus absoluto, a ética pode ser baseado nele, porque sua norma não é mutável, Deus é imutável. Existe um norte garantido ao cristão pela própria imutabilidade de Deus. A certeza de uma realidade fora do próprio homem que prescreve as regras, um Legislador, não influenciado pela cultura, moda ou política e a transgressão destas regras, deste padrão, é pecado.

Dentre tantos assuntos que poderiam ser abordados, existe a questão da sexualidade de acordo com o padrão prescrito pela Bíblia:

"Dentro do padrão moral de Deus, existe um padrão moral para sexualidade. Este padrão é o exercício da sexualidade humana em um relacionamento entre homem e mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. A luz das Escrituras, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratado como prática contrária a natureza[3]."

Padrão ético da sexualidade (homossexualidade x heterossexualidade).

Diante das duas perspectivas éticas: Relativismo e absolutismo, podemos evidenciar em nossas dias esta questão bastante evidente, referida a sexualidade, existe um padrão a ser seguido, absoluto, imutável, ordenado por Deus, e a mudança desta perspectiva acarretará em caminhos totalmente contrários, errados e prejudiciais conforme descrito a seguir:

Relativismo:
Para o padrão de sexualidade dentro da ética relativa, o prazer (hedonismo) é o que deve mover a vida da pessoa, porque essas constroem seu padrão moral de sexualidade. Neste caso também o fim justifica o meio, se para o indivíduo ser feliz com a prática sexual contrária a natureza, masculina e feminina, mesmo assim ele está disposto, porque a finalidade (sua felicidade), justifica o meio para alcançar isso, mesmo que seja contrário ao normal.

Alguns argumentos muitas vezes usados em relação a prática homossexual[4]:
1- Não deve haver constrangimento sexual entre adultos que consentem com a pratica.
2- O direito a privacidade protege a homossexualidade.
3- Os padrões morais tem mudado ao longo dos anos.
4- Tendências sexuais são herdadas.

Absolutismo (baseado na prescrição pela palavra de Deus):

O fato de Deus ter dito aos seres criados que deveriam se reproduzir (Gn 1.28), revela que tal afirmação deve ser entendida como uma manifestação biológica de masculinidade e feminilidade [5].

Sem o padrão de sexualidade definido pelo valor absoluto da palavra de Deus, não existiria mais sociedade, a reprodução por parte do homem e mulher só é possível em uma relação heterossexual, mesmo em casos onde existam possibilidades de inseminação artificial, o material genético necessário sempre é masculino e feminino, nenhuma sociedade é sustentada por práticas homossexuais. Para sua própria existência a sociedade depende de relações heterossexuais sadias e sustentáveis, ninguém jamais teria sido gerado por relações homossexuais.

Em resposta aos argumentos relativistas para prática homossexual, seguem algumas refutações [6]:
1- O consentimento adulto mútuo não torna o ato correto, o fato deles consentirem não quer dizer que o ato esteja certo, esse argumento erra em afirmar que o consentimento de adultos justifica o ato, afinal, o consenso entre adultos pode muito bem ter como finalidade a prática do mal, dois adultos podem consentir em roubar um banco, isso serve também para aqueles que consentiram. Duas pessoas podem consentir em mutilar o corpo uma da outra, mas isso não transforma tal ato em algo certo.

2- O direito a privacidade não é direito a imoralidade. Nosso direito a privacidade não se estendem a atividades antiéticas, por exemplo, não temos o direito de matar ou estuprar alguém em nossa privacidade. Mudar a localização de um ato imoral não muda sua violação da lei moral.

3-A moralidade não muda, princípios morais básicos não mudam, o que muda é a nossa compreensão deles e a forma como nós os praticamos. Confunde-se um mandamento moral absoluto com nossa compreensão relativa dele, existe uma confusão entre os valores morais imutáveis e práticas morais mutáveis. Há uma confusão entre moral e costumes.

4-Tendências homossexuais não são herdadas, não existe nenhuma evidência científica inquestionável que apoie o argumento que tendências homossexuais são genéticas, pelo contrário, existem muitas evidências que este comportamento pode ser aprendido. Mesmo que houvesse comprovado uma tendência herdada ainda assim isso não justificaria a prática de atos homossexuais. Algumas pessoas parecem herdar uma tendência violenta, nem por isso é certo ser violento, dizem que outras pessoas possuem uma tendência herdada que os leva a abusar do álcool, mas isso não justifica a bebedeira.

A Bíblia declara que a homossexualidade é inatural e que surge quando um indivíduo abandona suas inclinações naturais (Rom 1,26,27). A Bíblia ensina que todos nós herdamos uma tendência ao pecado, mas que somos responsáveis pelos pecados que cometemos.

A ética cristã se diferencia de todos os outros sistemas éticos, basicamente por :

1- A ética cristã é absoluta.
A partir do fato que o caráter de Deus é imutável (Ml 3.6, Tg 1.17), chega-se a conclusão que as obrigações morais derivadas de sua natureza são absolutas.

2- A ética cristã baseia-se na revelação de Deus, tanto geral (Rm 1.19-20), quanto especial (Rm 2.18). Deus revela-se a si mesmo tanto na natureza, quanto nas Escrituras. Desconhecer a Deus como fonte de dever e moral não exime ninguém, nem mesmo um ateu de suas obrigações morais.

3- A ética cristã é prescritiva.
Uma vez que o direito moral é prescrito por um Deus moral, ele é prescritivo.

4- A ética cristã é deontológica.
A regra determina o resultado, a regra é a base do ato.

Para o cristão, existem Leis determinadas pelo padrão absoluto e imutável do grande legislador, o próprio criador, o Deus das Escrituras, encontramos na sua regra o padrão de conduta que uma pessoa possa viver e agradá-lo, não como salvação, porque esta só se encontra pela fé no Senhor Jesus, mas pela gratidão e amor em obedecê-lo. Viver para glorificar a Deus.


Notas:

1-Tabela 1.1 sobre visões de ética- Norman Geisler, Ética Cristã, Ed. Vida Nova, pág 18.
2- Ética Cristã, Norman Geisler, Ed. Vida Nova, pág,17.
3-http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/06/um-engano-chamado-teologia-inclusiva-ou.html
4- Ética Cristã, Norman Geisler, Ed. Vida Nova, pág, 335.
5- Ética Cristã, Norman Geisler, Ed. Vida Nova, pág, 227.
6- Ética Cristã, Norman Geisler, Ed. Vida Nova, pág, 341.














Nenhum comentário:

Postar um comentário